A embarcaçao, encomendada pelo governo para as comemoraçoes dos 500 anos do Descobrimento, custou R$ 3,5 milhoes, e foi construída em dois anos pelos engenheiros do Clube Naval do Rio, sob a coordenaçao do arquiteto francês Henri Schomoff.
A grande dificuldade dos construtores foi a inexistência de documentos sobre a nau, pois as referências e informaçoes foram perdidas na primeira metade do século 18, em consequência do terremoto que arrasou Lisboa. Por causa disso, foram usados desenhos, gravuras e dados de embarcaçoes do século 16, levantadas em Portugal.
Fabricada com três tipos de madeira (cumaru, cedro e piqui) e fibra de vidro, a nau tem 28 metros comprimento por 8 de largura.
Além do sistema de velas tradicional, a embarcaçao recebeu dois motores de 285 HP cada um e dois geradores. Foram acrescentados ainda sanitários e camarotes para a tripulaçao de 35 integrantes, com ar-condicionado, cozinha, geladeira, fogao elétricom, forno de microondas. "Apenas da linha de flutuaçao para cima, as duas naus sao semelhantes; a atual, além de mais confortável, tem muito mais estabilidade que a do passado", lembrou o gerente da construçao, o capitao da reserva da Marinha Cláudio da Mata.
Terça-feira, a nau zarpará para Porto Seguro (BA), onde deve chegar na noite de sexta-feira. Depois das comemoraçoes do descobrimento, a nau será transformada no Museu Móvel Flutuante, visitando todos os portos do Brasil.
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