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Relação PV-PT acelera fusão de Saned e Sabesp
Por Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
22/04/2011 | 07:10
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Claudinei Plaza/DGABC


Apesar de posicionamentos opostos no Estado, o PV ajudou o PT de Diadema a acelerar a criação da CSAD (Companhia de Saneamento Ambiental de Diadema), união entre Saned (Saneamento de Diadema) e Sabesp (Companhia de Saneamento de São Paulo). O projeto de lei que regulamenta o acordo chega na Câmara na quinta-feira, segundo o prefeito Mário Reali (PT).

O modelo da nova empresa já estava acertado entre Reali e o ex-governador José Serra (PSDB). Com Geraldo Alckmin (PSDB) - vencedor da eleição de 2010 -, a discussão voltou à estaca zero, mas pôde ser recuperada por conta da presença do PV no primeiro escalão estadual. A deputada e vereadora diademense licenciada, Regina Gonçalves (PV), participou dos encontros de Reali com o secretário de Saneamento e Recursos Hídricos, Edson Giriboni (PV), para tratar do assunto e fez valer a parceria entre PV e PT em Diadema.

Além disso, Reali também mantém boa relação com o secretariado de Alckmin, haja vista que muitos integrantes do primeiro escalão tucano são deputados estaduais e atuaram ao lado do prefeito quando ele também estava na Assembleia Legislativa. Os encontros também contaram com a participação da oposição (PSDB) de Diadema.

O modelo construído durante a gestão Serra será mantido. A participação no capital da empresa será igualitária, ou seja, 50% para cada lado. A gestão será compartilhada, envolvendo diretoria, comitê gestor e conselho de administração. Independente da presidência ser ligada ao Estado ou à Prefeitura, as decisões serão individuais.

A nova empresa será criada para sanar dividas da autarquia municipal com a companhia estadual na ordem de R$ 685 milhões. Os débitos foram contraídos na época em que ela foi fundada, em 1993, por conta de desapropriações. A Prefeitura garante que os 330 funcionários da Saned serão mantidos nos cargos.

Há cerca de um mês, o projeto de criação da CSAD se tornou uma grande expectativa dos vereadores. Em diversas sessões os parlamentares chegaram a contar com a peça na ordem do dia. O motivo do atraso, segundo a liderança de governo, seria um parecer do MP (Ministério Publico), sobre o caráter jurídico da entidade.

 

BANDEIRA

Diadema bancou a bandeira de manter serviços essências exclusivamente públicos desde que o PT comandou a Prefeitura pela primeira vez em 1982. A queda da Saned aliada à municipalização do Ensino Fundamental e à privatização da ETCD (Empresa de Transporte Coletivo de Diadema) - que administra 40% das linhas de ônibus, que estão sendo repassadas à iniciativa privada - geraram desgaste político ao prefeito, que durante as eleições de 2008 prometeu manter as estruturas públicas.




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