A Bovespa espera conquistar novos investidores e elevar o total de pessoas físicas, hoje de 570 mil, para 5 milhões em cinco anos. "Vamos buscar também o varejo internacional. Teremos um modelo para capturar esse público", disse o diretor presidente da companhia, Edemir Pinto.

De acordo com o executivo, a companhia continuará com os projetos de educação financeira para conquistar o varejo interno.

Na área internacional, o foco serão os investidores dos EUA, Europa e Ásia, principalmente. "O Japão tem 25 milhões de pessoas que investem em ações", disse Edemir.

A plataforma de negociação deverá ficar pronta até o terceiro trimestre deste ano. Também há a intenção de fazer a dupla listagem de companhias no Brasil e na Ásia. No ano passado, a pessoa física respondeu por 30,5% do volume de negócios no segmento Bovespa. Em janeiro deste ano, a participação desse público foi de 31,5%.

A companhia acredita que o grande potencial de crescimento do Brasil irá beneficiar os negócios na Bolsa. A expectativa é que até janeiro de 2012 a Bovespa seja a segunda maior Bolsa do mundo em valor de mercado, atrás da CME, a Bolsa de Chicago. Hoje, a Bolsa brasileira ocupa a terceira colocação, com valor de US$ 13,6 bilhões.

Outro projeto da Bovespa que está em fase de desenvolvimento é a integração das clearings, câmaras de compensação. Hoje são quatro: renda variável, renda fixa, derivativos e câmbio. Essa unificação que deverá ocorrer até meados de 2011, tem como objetivo dar maior eficiência na administração da liquidez diária dos investidores.

"Estamos discutindo e ajustando o modelo para atender o mercado. Depois vamos levar ao regulador e, sendo aprovado, faremos a implementação", disse. De acordo como Edemir, esse tema terá de ser analisado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e pelo Banco Central.