Política Titulo São Caetano
Professores entram em estado de greve

Categoria define se vai cruzar os braços na terça-feira para cobrar incorporação do abono ao salário

Por Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
26/04/2014 | 07:00
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Servidores públicos da Educação de São Caetano votaram por entrar em estado de greve em assembleia realizada ontem nas dependências da Câmara. Em seguida, os funcionários do Palácio da Cerâmica protestaram contra a falta de diálogo do Paço interditando a Avenida Goiás nos dois sentidos.


A categoria marcou para terça-feira – mesmo dia em que ocorre sessão ordinária no Legislativo – nova assembleia para definir se entrarão, de fato, em greve ou se recuam da pressão contra a Prefeitura. Toda a discussão vem sendo feita à revelia do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de São Caetano, que é acusado pelo funcionalismo de omissão.


Na terça-feira, quando houve manifestação dos educadores na Câmara e fechamento da Avenida Goiás, diretores do sindicato, como Geraldo Lucas Barros, disseram que a reivindicação era encabeçada pela entidade. Porém, no dia seguinte, os sindicalistas distribuíram panfletos com os mesmos argumentos do Paço, de que, em relação à gestão passada, as quantias dos abonos sofreram aumentos entre 62% e 108%.


“Eles também encaminharam e-mails e foram às escolas pressionar para que o movimento parasse. Querem nos intimidar para favorecer a Prefeitura. Eles nunca ajudaram a categoria e sempre respondem nossas reclamações dizendo que não temos direitos”, disse uma API (Assistente de Primeira Infância) que não quis se identificar. Presidente do Sindserv, Miguel Parente Dias tem ignorado telefonemas do Diário para explicar a situação.


Os trabalhadores reivindicam que as dez parcelas de abono – variam entre R$ 100 e R$ 1.000 –, que também foram concedidas no ano passado, tenham correção da inflação do período. Além disso, a categoria cobra promessa de incorporação desses benefícios aos vencimentos, assim como o prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) havia sinalizado em 2013.


Líder de Paulo Pinheiro na Câmara, Jorge Salgado (Pros) disse que comissões de servidores foram recebidas pelo prefeito ao longo do dia e que a posição do abono será mantida. “Incorporar o abono é um desejo do prefeito que poderia ocorrer agora ou no fim do mandato.”
 




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