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Aliados cogitam chapa pura para Alckmin

Vereador de S.Paulo, Andrea Matarazzo é defendido para dividir palanque; favorito ainda é Márcio França

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
24/11/2013 | 04:43
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Montagem/DGABC


A vantagem nas pesquisas de intenção de voto e a dificuldade entre os rivais de angariar apoios externos têm feito com que cresça adeptos à teoria de chapa pura do PSDB na eleição para o governo do Estado do ano que vem, quando o governador Geraldo Alckmin buscará a reeleição.

Longe de ser favorito para ocupar a vaga de vice na candidatura de Alckmin, o vereador paulistano Andrea Matarazzo é defendido por integrantes do núcleo duro do Palácio dos Bandeirantes ressentidos pelo episódio do atual vice, Guilherme Afif Domingos.

Afif, então no DEM, dividiu a chapa com Alckmin na vitória ainda no primeiro turno de 2010 sobre Aloizio Mercadante (PT). Em 2011, acompanhou o então prefeito paulistano, Gilberto Kassab, no processo de fundação do PSD. E, dois anos depois, aceitou convite da presidente Dilma Rousseff (PT) para comandar a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, que tem status de ministério. Selaram-se ali a aliança entre PSD e PT e o afastamento de Afif de Alckmin.

Além da expressiva votação para a Câmara de São Paulo – 117.617 votos, o segundo mais bem votado, atrás apenas de Roberto Tripoli (PV) – Matarazzo foi secretário de Cultura do governo Alckmin até pedir licença para buscar cadeira no Legislativo. Empresário, ele auxiliaria na consolidação dos votos da Capital, entendem defensores da tese.

Porém, a tendência mais forte ainda é a de oferecer a vice para o ex-prefeito de São Vicente e deputado federal Márcio França (PSB). A vaga com o PSB serviria para duplicar o palanque de Alckmin – seus aliados estariam na campanha presidencial ao lado do senador mineiro Aécio Neves (PSDB) e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ou da ex-senadora Marina Silva (PSB).

Também ampliaria o eleitorado do tucanato na Baixada Santista, pois Márcio França ainda tem voto fidelizado no Litoral, a despeito de seu filho, Caio França, ter sofrido derrota histórica na eleição majoritária em São Vicente no ano passado, quebrando hegemonia de seu grupo que durava desde 1997.
Impulsiona a tese por Márcio França o fato de o PSB hoje deter boa fatia do horário eleitoral gratuito distribuído aos partidos políticos.

Outro nome ainda na briga pelo posto é o do atual secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Rodrigo Garcia (DEM). A escolha por Garcia agraciaria um eterno aliado do tucanato, que ainda possui considerável cota de tempo de televisão.

Optar por Rodrigo Garcia seria mirar no eleitorado de Kassab. Garcia e Kassab foram aliados de longa data, de dobradas eleitorais em eleições à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa. Quando o ex-prefeito paulistano decidiu criar o PSD, Rodrigo Garcia preferiu continuar no DEM e, aos poucos, a aliança se deteriorou.

O nome de Kassab foi, inicialmente, especulado timidamente para ser vice de Alckmin, mas a oficialização de apoio do PSD à reeleição de Dilma encerrou qualquer possibilidade de acordo. O pessedista deve vir candidato ao governo do Estado, já propenso a aderir ao projeto do PT num eventual segundo turno. O postulante petista será o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.




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