Márcio Bernardes Titulo
A Holanda não assusta

Respeito pelo adversário porque o jogo tem de ser jogado. Nada mais do que isso se exige da Seleção Brasileira

Por Especial para o Diário
02/07/2010 | 00:00
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Respeito pelo adversário porque o jogo tem de ser jogado. Nada mais do que isso se exige da Seleção Brasileira. Sem desmerecer um adversário que a partir da década de 1970 tornou-se sensação no futebol, a Holanda não deve meter medo no Brasil.

Nosso time é melhor e se nada excepcional acontecer deve vencer o jogo. Nem o retrospecto equilibrado das últimas partidas deve merecer tanta preocupação. Tomamos canseira em 94 em Dallas, e 98 em Marselle. Mas nem isso pode significar alguma coisa especial.
Já dissemos que o adversário de hoje tem dois ou três bons jogadores. Só isso! A defesa é fraca e o goleiro instável. Atenção especial com Snejider e Robben é o que vai pedir Dunga. São dois jogadores que merecem cuidado. Mais do que isso é exagero.

Sabendo das suas limitações, o treinador holandês vai jogar com cautela. Não colocará irresponsavelmente o time para atacar o Brasil, porque sabe que isso é suicídio.

O técnico brasileiro vai pedir, como sempre, domínio de bola. E só partir para o bote com a certeza de que não deixará a retaguarda desarmada.
Hoje o jogo vai depender da individualidade. Robinho e Kaká têm de mostrar seu talento. Luiz Fabiano deve comprovar sua raça e oportunismo.

Uma jogada inesperada, um toque de bola mágico ou um lance diferenciado darão ao Brasil a passagem para a semifinal.

Vamos torcer para a arte holandesa ficar apenas restrita a Van Gogh.


BASTIDORES

Elano está triste, porém não mostra abatimento. Seu problema é sério e o tempo de recuperação é pequeno. Inflamação no osso requer repouso, fisioterapia e anti-inflamatórios. O toque de bola e as infiltrações do atleta vão fazer falta ao meio de campo brasileiro no jogo de hoje, aqui em Port Elizabeth.

- Não sei quem mais decepcionou a torcida nesta Copa: Cristiano Ronaldo ou Rooney. Aliás, torcedores portugueses e ingleses não negam que esperavam muito mais dos seus ídolos. Deu a impressão de que ambos vieram à África sem a gana necessária para mostrar ao mundo bom futebol. Talento é como tesão; tem de ter vontade de oferecer.

- Não adianta Joseph Blatter ficar aos quatro cantos do país pedindo desculpas por algumas más arbitragens na Copa do Mundo. Ingleses, mexicanos e torcedores de outros países sabem que nada será mudado. E assim a vida segue. Espera-se apenas que esses erros sejam naturais do ser humano. Porque se foram dolosos...


TOQUE FINAL

O talento de Maradona sempre foi reconhecido. É verdade que alguns argentinos exageram na idolatria. Criar uma igreja ou seita tendo como inspiração Maradona já é um exagero.

Agora como técnico, "El Diez" ou "Dios" para alguns, está tendo a mesma experiência de Dunga. Nenhuma passagem representativa dirigindo clubes e ascensão ao comando da seleção nacional.

Nada contra. Mas o argentino exagera nas polêmicas e parece que não consegue viver sem os holofotes. Faz declarações fortes e algumas estapafúrdias.

Maradona já atingiu Pelé, o papa, a seleção brasileira, espinafrou a Alemanha e não poupou a Itália.

Gentile, campeão do mundo em 82 deu o troco com os brios feridos. Schweinsteiger não se conteve e também respondeu os ataques sofridos graciosamente.

Melhor de tudo fez Pelé. Depois de responder tanta coisa de Maradona, declarou aqui na África que o argentino simplesmente o ama.




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