Artigo

O Brasil vive importante momento em sua história, capaz de abrir portas para o crescimento econômico aliado ao desenvolvimento educacional e social. Neste cenário de transformações, a representatividade feminina na PEA (População Economicamente Ativa) vem crescendo. Dados da pesquisa Cenários 2020, do Sebrae São Paulo, apontam que no ano 2000 a participação das mulheres no mercado de trabalho era de 42%. O estudo revela ainda que a estimativa para 2020 é chegar aos 49%, próximo da taxa masculina.

Temos a possibilidade de transformar o município em porta de entrada de geração de negócios para toda a região. A marca desse trabalho se reforçará com a consolidação de uma Santo André sem fronteiras, sem limites para a intensificação do comércio exterior, captação de investimentos, intercâmbios culturais e geração de negócios.

No ano passado, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Santo André exportou US$ 880,8 milhões e importou US$ 1,2 bilhão. Os principais destinos foram Argentina, com US$ 170 milhões; Estados Unidos, US$ 128 milhões; Venezuela, US$ 90 milhões, e China, US$ 70 milhões. Precisamos aumentar o leque de parcerias, ampliando o equilíbrio de nossa balança comercial e abrindo espaço para nossos produtos no Exterior.

Citando o que em minha opinião é um dos principais versos de nosso hino municipal, o qual descreve a cidade como "gigantesco viveiro industrial", buscaremos elevar as possibilidades de desenvolvimento econômico e social. Para isso, desde o início do ano estamos captando parcerias com diferentes entidades de classe, como OAB, Acisa, Ciesp e Câmara de Vereadores. Queremos a construção de projeto único para Santo André. Vamos ousar cada vez mais em nossas propostas e realizações, fortalecendo a representatividade do Conselho de Desenvolvimento Econômico, criando iniciativas como a Sala do Empreendedor, além de restabelecer a força comercial de nossos bairros.

Assim como João Ramalho avistou Santo André como porta de entrada, queremos que o município se consolide como grande protagonista regional no desenvolvimento econômico e tecnológico. Convoco todo cidadão e toda cidadã para realizarmos este sonho conjuntamente, de uma Santo André com mais qualidade de vida e socialmente desenvolvida.

Oswana Fameli é vice-prefeita e secretária de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Trabalho de Santo André.

Palavra do leitor

Militância real
Até certo ponto muito interessante o estudo efetuado pela professora Maria do Socorro, da Ufscar, sobre as militâncias partidárias no Grande ABC. Os números, a primeiro momento, são satisfatórios, mas precisaríamos saber se os filiados têm consciência de que ainda integram o quadro dos partidos, pois a presença deles nas atividades é insignificante. São mais filiados a algum dos políticos e seus assessores do que à entidade partidária. Não assinam a ficha por querer se aproximar dos partidos, mas por solicitação do político, que normalmente necessita mostrar-se forte diante da direção partidária. A maioria não sabe onde é a sede ou escritório político, pois muitas das legendas nem as têm. Outros se filiam para fugir da participação na mesa de votação, sendo delegados ou fiscais dos partidos, e eliminados naturalmente pelos cartórios eleitorais devido ao seu pseudovínculo partidário. Precisamos realizar depuração nesses números apresentados, bem como total mudança na legislação eleitoral, elevando o número de 10% como mínimo de presença nas atividades partidárias.
Aylton Denari
Santo André

Dilma e a Igreja
Causou-me espanto e indignação, como católico apostólico romano, a intromissão da presidente Dilma querendo ser porta-voz da religião, ao anunciar a vinda do papa Francisco a Aparecida, em julho. Esqueceram de avisá-la que nós já sabíamos, desde o ano passado, que, independentemente de quem fosse, o papa viria ao Brasil. Dilma, o País é laico. O Estado separou-se da Igreja há muito tempo. Tempos atrás, quando questionada sobre sua crença religiosa, disse que acreditava em tudo, ou seja, não tem definição quanto à sua religião. Sente-se um pouco no gabinete e faça as reformas necessárias e urgentes que o País precisa e deixe as questões da Igreja Católica Apostólica Romana no Brasil para quem é de direito, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
Ailton Gomes
Ribeirão Pires

Sem planejamento
A desorganização do transporte intermunicipal no Grande ABC indica que a EMTU, empresa gestora do transporte metropolitano, não tem planejamento de circulação do transporte público no atendimento das demandas de passageiros. Basta ser usuário para perceber o quanto esse transporte é uma agressão à população. Medidas como a racionalização do transporte são necessárias, objetivando melhoria no sistema, com intervenções operacionais. Enquanto a implantação do transporte de massa, a chamada Linha Bronze, não chega, teremos que conviver com esse descaso provocado pela ausência de política de transporte do governo do Estado. Como não há mal que dure tanto, tão logo seremos beneficiados por esse grande feito que é o sistema de transporte integrado.
Gércio Vidal
São Bernardo

Altos decibéis
Os shows na Igreja Nossa Senhora de Fátima, entre as ruas Mário e Flávio Fongaro, na Vila Marlene, em São Bernardo, são extremamente barulhentos e tenho certeza de que ultrapassam qualquer limite aceitável de decibéis. Aguento isso pelo menos quatro vezes na semana e estou ficando louco com o barulho. Já avisei a polícia e não houve melhoria. Gostaria de ser respeitado como cidadão e ter garantido meu direito de pelo menos assistir a TV sem ter que estourar os alto-falantes do aparelho. Não é nem questão da religião, afinal fui criado no catolicismo. Mas é realmente falta de respeito ter que ficar ouvindo músicas até após as 22h. Há necessidade de medição no nível de decibéis desse estabelecimento, já que tem vezes que realmente me sinto no Rock in Rio ou show similar.
Reinaldo Grotti
São Bernardo

Resposta
Em resposta à carta do leitor José Lenes Souza Santos (Barulho, dia 20), a Prefeitura de São Bernardo esclarece que o restaurante São Francisco foi alvo de ação fiscal no tocante à poluição sonora entre novembro e dezembro de 2012, em razão de denúncia do munícipe. Em novembro, o reclamante foi informado de que a denúncia foi remetida à fiscalização e, no mês seguinte, após monitorações, não foram constatadas infrações de poluição sonora. No dia 21 de janeiro, foi formalizada outra denúncia pelo interessado em questão. O Departamento de Posturas vai prosseguir com novas monitorações e caso seja apurada emissão de poluição sonora, o estabelecimento será notificado para cessar a irregularidade. Até o momento, em medições efetuadas entre janeiro e março, não foram apurados emissão de sons e ruídos excessivos.
Prefeitura de São Bernardo