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‘Ciberassédio’ é o lado perverso da internet
Por Da AFP
30/03/2007 | 14:00
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Vídeos de agressão sexual, supostos amantes submetidos ao escárnio público e celebridades acusadas de fazer cirurgias plásticas são alguns exemplos de maus-tratos possibilitados pela internet, no que tem sido chamado de ‘ciberassédio’.

No fim de 2006, um caso particularmente sórdido comoveu a Austrália. Um grupo formado por cerca de uma dezena de estudantes manteve a câmera ligada enquanto intimidava sexualmente uma jovem deficiente mental de 17 anos, para depois difundir as imagens no site de intercâmbio de vídeos YouTube.

A secretária de educação do estado australiano de Victoria, onde ocorreram os fatos, proibiu o acesso ao YouTube de todos os estabelecimentos educacionais. "O governo nunca tolerou a violência na escola. Esta tolerância zero também vale para a internet", disse Jacinta Allan.

Segundo o funcionário do Centro do Crime de Altas Tecnologias da polícia australiana, Kevin Zuccato, a violência entre crianças e adultos pela internet é cada vez mais freqüente.

Países como a Coréia do Sul chegaram até a adotar uma lei destinada a impedir que os internautas ocultem sua identidade. A partir de julho, os sites de informação dos grandes portais de acesso terão que registrar a identidade de seus usuários para poder rastrear eventuais infratores.

"A Coréia do Sul é, provavelmente, o país mais conectado (à internet) do mundo. No entanto, infelizmente, o reverso da medalha não é tão reluzente", disse um funcionário do Ministério da Informação, Lee Ta-hee.

"As vítimas são incapazes de rastrear seus agressores, que usam identidades falsas", acrescentou o funcionário.

Famosos - O assédio pela internet se tornou um verdadeiro problema para as celebridades sul-coreanas.

No início do ano, o astro da televisão Jeong Da-bin e o cantor popular Yuni cometeram suicídio depois de sofrerem assédio pela internet.

Várias pessoas abusam do anonimato oferecido pelo ciberespaço para enviar mensagens mal-intencionadas, acusando famosos de infidelidade ou de terem recorrido a cirurgias plásticas.

Na China, o assédio pela internet chegou às primeiras páginas dos jornais em abril de 2006, quando um homem transmitiu uma mensagem acusando outro de ter um caso com sua mulher.

O suposto amante foi identificado e todos os seus dados pessoais estavam publicados na internet, juntamente com mensagens denunciando o seu comportamento. Alguns internautas chegaram a ligar para ele e outros foram até sua casa para insultá-lo.




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