O presidente Carlos Mesa, que renunciou ao cargo na segunda-feira, defendeu a realização de eleições gerais imediatas na Bolívia como a "única saída para um país à beira de uma guerra civil". Sua renúncia ainda depende do aval do Congresso — decisão que deve ser anunciada na quinta-feira.
Mesa também pediu que os presidentes do Senado e da Câmara, Hormando Vaca Diez e Mario Cossío, renunciem à sucessão constitucional e promovam a consulta popular, visando superar a explosiva situação social.
As renúncias de Diez e Cossío entregariam a poder na Bolívia ao presidente da Suprema Corte de Justiça, Eduardo Rodríguez, com competência para convocar eleições gerais antecipadas. "Evitemos a perda de vidas, evitemos uma violência que nos devore a todos", pediu Mesa.
Dirigentes do Movimento da Esquerda Revolucionária, do ex-presidente Jaime Paz Zamora, disseram à imprensa que estão negociando a possibilidade de Vaca Diez ser o novo presidente. Porém, os manifestantes que mantêm estradas bloqueadas e ocupam as ruas de La Paz ameaçam radicalizar se o Congresso entregar a presidência a ele.
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