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Relação de ‘sanguessugas’ não surpreende relator
04/07/2006 | 08:22
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O presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), afirmou que não ficou surpreso com a revelação feita nesta segunda-feira, mostrando que um quinto do Congresso (pouco mais de uma centena de parlamentares) está sob investigação do MP (Ministério Público) ou responde a processo criminal perante o Supremo. Só parlamentares “sanguessugas” na mira do MPF são 57. “Não fico surpreso porque, em 1999, em meu primeiro mandato como deputado federal, fiz um levantamento mostrando que mais de cem deputados respondiam a processo no Supremo. Tenho é surpresa com o retorno desses políticos. A cassação política deles não ocorre”, observou.

Para o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), o fatos de esses parlamentares serem sendo investigados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) o MP significa que a Justiça no Brasil funciona. “Desde que me entendo como gente, o Congresso vive com dezenas de CPIs funcionando. Pior seria se não houvesse denúncia nem investigação. Está havendo investigação pelo Supremo e o Ministério Público, que serão concluídas dentro do rigor da lei”, disse o presidente da Câmara.

Nesta segunda-feira, a CPI recebeu o inquérito com os nomes de 12 primeiros parlamentares envolvidos na máfia das ambulâncias. Os três volumes de documentos foram entregues pela PF (Polícia Federal) depois que o ministro Gilmar Mendes, do STF, autorizou o acesso da CPI aos inquéritos que estavam protegidos por segredo de Justiça. O relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), limitou-se a comentar que a documentação era “surpreendente”.

Biscaia afirmou que o relatório da CPI trará o nome dos parlamentares apontados como integrantes da máfia dos sanguessugas. Ele defendeu também que os congressistas envolvidos com o esquema dêem as explicações por escrito à CPI.



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