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Filippi enfrenta primeira prova com pedido de 14% de reajuste

Sindema aprova campanha salarial de 2021 em que reivindica reposição de perdas desde 2019

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
27/03/2021 | 00:30
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O prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior (PT), vai enfrentar sua primeira prova de fogo com o funcionalismo em meio à crise financeira potencializada pela pandemia de Covid-19. Nesta semana, a categoria aprovou a campanha salarial deste ano cuja principal reivindicação é o reajuste de 14,73% nas remunerações.

O índice foi aprovado em assembleia realizada na quinta-feira pelo Sindema (Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema) e engloba perdas acumuladas de 2019 para cá, período em que o governo do ex-prefeito Lauro Michels (PV) sequer aplicou a correção da inflação nos salários.

A gestão do petista terá uma batalha pela frente porque, embora tenha recebido apoio eleitoral de boa parte dos integrantes da direção do Sindema no pleito do ano passado, já acenou para o colapso nas contas públicas e, segundo o próprio secretário de Finanças, Francisco Funcia, enfrenta “situação de caos”. O governo petista diz ter herdado R$ 1 bilhão em dívidas consolidadas da gestão verde e teve de criar fundo específico para garantir reservas financeiras para arcar com compromissos de curto e médio prazos. Além disso, o município já teria estourado o teto de 54% da receita corrente líquida em gastos com pessoal, segundo limite da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal).

Ciente do cenário, o Sindema aposta em melhor diálogo com o Paço diademense e espera virar a página dos anos em que a entidade sindical era atacada pelo próprio prefeito. “Infelizmente, a crise econômica no Brasil, a inflação, os ataques aos servidores públicos por parte do (presidente da República, Jair) Bolsonaro, agravados pela pandemia, pioraram muito a condição de vida dos servidores. Por essa razão, é fundamental termos conquistas e avanços nessa campanha salarial”, frisou o presidente do Sindema, Ritchie Soares.

Além da reposição da inflação acumulada entre março de 2019 e este mês, a categoria pleiteia reajustes de outros benefícios, como do vale-refeição e do subsídio ao convênio médico. A pauta também inclui medidas a serem observadas enquanto perdurar a pandemia de Covid-19, como a regulamentação do home-office, e o cumprimento das obrigações junto ao Ipred (Instituto de Previdência de Diadema).

A campanha salarial deste ano também será a primeira com o sindicalista José Aparecido da Silva, o Neno (PT), fora da presidência do Sindema. Com apoio dos dirigentes sindicais, o petista se elegeu vereador no pleito do ano passado e hoje é integrante da base do governo Filippi na Câmara. O parlamentar assegurou que pautará o mandato na defesa dos servidores públicos.  




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