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Piolhos de cobra invadem residências no Jardim Campo Verde, em Mauá

Morador achou 12 bichos em um dia; biólogo diz que não oferecem riscos

Vinícius Castelli
10/03/2021 | 00:14
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Há dois meses casas na Rua Rui Marcio Balde, no Jardim Campo Verde, em Mauá, são invadidas por piolhos de cobra, como são popularmente conhecidas centopeias. Apesar de não oferecer risco, moradores sentem-se incomodados com a presença dos bichos, principalmente pela grande quantidade.

José Eustáquio Brum, 73 anos, encontra piolhos de cobra com frequência. “Eles são grandes, medem uns sete centímetros e parecem ter 1.000 pernas. Tomam conta do quintal. Já peguei até na banheira”, reclama o aposentado, que costuma recolher os bichos com uma pá e matá-los. Brum diz que as casas que sofrem com o problema fazem fundo com o terreno da EE (Escola Estadual) João Paulo II. “Tem mato lá. E mesmo quando corta, ainda fica muito capim. E eles (bichos) vêm de lá”, assegura.

A casa de Ângelo Rosinelli, 91, também é outra visitada pelos bichos. Em um só dia ele encontrou 12 deles. “Caiu água por debaixo da máquina de lavar. Quando puxamos com o rodo tinha 12.” Benedito Villas Boas, 67, também se sente incomodado. “Quase todo dia a gente acha dois ou três no quintal.”

Segundo o biólogo Ronaldo Morais, diretor do Bio Parque Macuco, de Mauá, apesar do nome popular, os piolhos de cobra não têm relação com répteis. “Não tem nada a ver com parasita de cobra. Fazem parte do grupo myriapoda”, explica. “São decompositores. (Estão) Onde tem matéria orgânica em decomposição, como folhas e frutas. Têm função similar à da minhoca e, agora, no verão, aparecem em abundância”, diz. Morais explica que os bichos não causam problema à saúde.

Procurada, a Secretaria da Educação do Estado afirmou que não houve reclamação junto à diretoria regional de ensino, tampouco registro formal relacionado à existência de piolho de cobra nas dependências da escola. Informou ainda que o local passa por desratização e dedetização regularmente.  




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