Política Titulo Ribeirão
Novo adiamento tende a enterrar redução de salários

Postergada por 3 sessões, proposta para diminuir subsídios da classe política perde validade na 5ª

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
09/10/2020 | 00:11
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Vereadores de Ribeirão Pires adiaram, pela terceira vez, a apreciação de projeto que prevê redução salarial para integrantes da Câmara e da Prefeitura – desta vez, o debate foi postergado por três sessões. Desta forma, o projeto tende a perder a validade, já que os vencimentos dos parlamentares e do prefeito devem ser fixados com um mês de antecedência da data da eleição, prevista para acontecer dia 15 de novembro. Ou seja, os valores têm de ser definidos até quinta-feira.

A propositura para redução salarial, que foi assinada por todos os vereadores da casa, seria debatida e apreciada na sessão de ontem, mas a base governista obteve mais votos para que a avaliação da propositura fosse adiada por mais três sessões. Assim, o assunto só voltaria à pauta no dia 5 de novembro.

Pela sugestão do projeto, o prefeito de Ribeirão Pires teria reduzidos os vencimentos de R$ 20.042,34 para R$ 16.033,87. O vice-prefeito, os secretários e os vereadores, que recebem R$ 10.021,17, teriam R$ 8.016,93 de salário. A redução, entretanto, valeria somente para a próxima legislatura.

O Diário apurou que a lentidão para a apreciação do projeto faz parte de manobra da ala governista, que apoia o prefeito Adler Kiko Teixeira (PSDB), e que visa ultrapassar a data limite prevista na LOM (Lei Orgânica do Município) para fixação dos subsídios e, assim, encerrar o debate sem ter o ônus de reprovar um projeto que tem apelo popular, como cortar custos da classe política.

Conforme o vereador oposicionista e candidato a vice-prefeito na chapa com ex-prefeito Clóvis Volpi (PL), Amigão D’Orto (PSB), autor original do projeto, os vereadores têm intenção de adiar o debate do projeto para que ultrapasse o prazo estipulado. “Os vereadores vão ficar adiando até que o prazo se perca. É uma situação complicada, já que o prazo (para a apreciação do projeto) está próximo.”

Na sessão de ontem, além de Amigão, que se posicionou contrário ao adiamento do debate do projeto, os vereadores Amaury Dias (PSDB), Rubens Fernandes (PSD), Anselmo Martins (PL) e o presidente da Câmara, Rato Teixeira (PTB), também votaram contra o adiamento.  




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