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Não se troca piloto experiente durante turbulência, diz Pio, em apoio a Auricchio

Presidente da Câmara de S.Caetano defende reeleição, pede vice tucano e faz aceno a Bassi

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
14/08/2020 | 00:32
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O presidente da Câmara de São Caetano, Pio Mielo (PSDB), saiu em defesa da reeleição do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) na eleição de novembro, dizendo que “não se troca piloto experiente de avião durante uma viagem com turbulência”. Em crítica ao discurso da oposição – em especial ao projeto liderado pelo ex-vereador Fabio Palacio (PSD) –, Pio comentou que o município precisará lidar com seriedade com os mais diversos reflexos da pandemia de Covid-19.

“Não é hora do prefeito da risadinha, de quem tem a melhor campanha virtual. Não é hora de uma aventura, de um pseudonovo, de um ‘deixa eu ver o que acontece’, de um discurso populista. É hora de segurança. Por isso, vou trabalhar dia e noite pela reeleição do prefeito Auricchio”, comentou.

Em 2016, Pio foi reeleito – em 2012, conquistara pela primeira vez a cadeira de vereador – na chapa que apoiava a tentativa de reeleição de Paulo Pinheiro (DEM). Eleito presidente da Câmara em 1º de janeiro de 2017 a contragosto de Auricchio, citou que, a partir daquele dia, se comprometeu com o prefeito que iria trabalhar pela cidade, sem ranço eleitoral.

Ele apontou que Auricchio também teve maturidade de buscar no bloco que dava suporte a Pinheiro bons nomes para ajudá-lo na administração. Daquele grupo pinheirista, parte está com Palacio. “Tenho muito respeito pelo doutor Paulo, mas não vejo comparação. Como munícipe, vereador e presidente de Câmara, vejo que minha cidade está segura nas mãos do prefeito Auricchio. Ele não terceiriza a gestão. Sabe cobrar, buscar desempenho. E pôde contar com a Câmara nos mais diversos debates a favor da cidade.”

Recém-filiado ao PSDB (estava no MDB), Pio disse ser favorável à indicação de um vice tucano para Auricchio – o atual número dois do Paço, Beto Vidoski, e o ex-reitor da USCS (Universidade Municipal de São Caetano), o professor Marcos Bassi, estão no páreo. Mas também elogiou os vereadores Marcel Munhoz (Cidadania) e Carlos Humberto Seraphim (PL), outras figuras na disputa.

“Eu nunca tinha visto uma briga de tamanha qualidade para ser vice. É sinal que a gestão vai indo bem. Todos têm muitas qualidades, qualquer um deles que o prefeito escolher estará bem servido. Mas eu, como filiado ao PSDB, vou defender meu partido”, citou. Pio, porém, fez aceno a Bassi. “Em 2020, a saúde precisou ser o destaque diante dessa terrível pandemia pela qual ainda passamos. Em 2021, a grande resposta precisa ser dada pela educação, por novos modelos nessa área. Como professor, meu mandato e meu entusiasmo estão nessa área.”

Exijo que a CPI chegue ao fim antes de outubro, declara tucano

Presidente da Câmara de São Caetano, Pio Mielo (PSDB) foi enfático ao dizer que “exige que a CPI do Natal Iluminado tenha desfecho até o fim de setembro”. “Já comuniquei o presidente da CPI, líder do governo Tite Campanella (Cidadania), que não entraremos na reta final da eleição com esse assunto aberto.”

O tucano assegurou que os trabalhos da comissão não têm viés eleitoral e que a finalização da apuração, com avaliação do relatório em plenário antes da campanha de rua, reforça essa garantia.

“A CPI é um instrumento de apuração diante de uma denúncia grave. Não é um objeto eleitoral, oportunista. É um espaço para o contraditório, para que os suspeitos possam mostrar as versões. A CPI é plural, inclusive com vereador da oposição (Jander Lira, DEM)”, emendou.

Instaurada há um ano, a CPI do Natal Iluminado serve para apurar as responsabilidades do convênio firmado pela Prefeitura com a Aciscs (Associação Comercial e Industrial de São Caetano) em 2016, quando o prefeito era Paulo Pinheiro (DEM) e o presidente da entidade, o advogado Walter Estevam Junior (Republicanos).

Comissão montada pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico apontou série de inconsistências na prestação de contas apresentada, julgou os documentos irregulares e enviou os dados ao TCE (Tribunal de Contas do Estado) e ao MPC (Ministério Público de Contas). O acordo foi de R$ 1,2 milhão, sendo R$ 1 milhão de recursos públicos.

Após paralisação devido à pandemia de Covid-19, nesta semana houve a retomada dos trabalhos com a convocação de Estevam – falta agendar a data da oitiva. 




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