O CSW (Centro Simon Weisenthal) fez nesta terça-feira um pedido ao papa Bento XVI para que intervenha contra um sacerdote polonês "por seu manifesto anti-semitismo", que vem provocando polêmica no governo do conservador Lech Kaczynski.

A organização, conhecida mundialmente pela luta contra o anti-semitismo, pede para o papa "despedir o sacerdote polonês (Tadeusz Rydzyk) por seu manifesto anti-semitismo, que se tornou o centro de uma crise política que ameaça derrubar o governo", afirmou em comunicado.

O semánario Wprost informou nesta segunda-feira que o religioso Rydzyk, diretor da emissora católica polonesa Maryja, acusou o chefe de Estado, o conservador Lech Kaczynski, de ser favorável às reivindicações dos judeus em relação à Polônia".

" A questão é que a Polônia deve dar aos judeus US$ 65 milhões. Eles virão até nós e pedirão: 'me dê esta casa!, pague estas calças!, me dê estes sapatos!",disse Rydzyk.

A Polônia é o único país pós-comunista que não sabe como resolver o problema da restituição dos bens que os judeus perderam durante a Segunda Guerra Mundial.

O comunicado do centro Weisenthal cita as mesmas declarações do padre Rydzyk, qualificadas como 'escandalosas' pelo rabino Marvin Hier, fundador da organização, que considera que "chegou o momento para que o papa atue de forma decisiva".