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Caixa assegura superintendência regional em meio a reestruturação

Superintendente no Grande ABC diz que plano não envolve fim de unidade: ‘Haverá expansão’

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
12/02/2020 | 00:01
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Divulgação


O superintendente de rede do Grande ABC da Caixa, Fernando Passos, garantiu que a unidade regional manterá suas atividades em meio ao processo de reestruturação liderado pelo banco estatal em suas agências.

Há duas semanas, a Caixa anunciou seu novo planejamento, deixando aberta a possibilidade de fechamento da superintendência regional, localizada na região central de Santo André.

Passos esteve ontem pela manhã em reunião com os prefeitos no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC na tentativa de tranquilizar os políticos acerca do caso. Segundo ele, a Caixa tem planos de aumentar a estrutura no Grande ABC e planeja ampliar o número de unidades bancárias nas sete cidades. Passos, porém, não soube informar quantas novas agências serão nem quando esse processo se iniciará. Atualmente são 66 estabelecimentos na região.

“Sobre fechamento de agências, posso dizer que não existe essa previsão. Aqui no Grande ABC temos um superintendente regional e cinco gerentes regionais. Nós teremos nova estrutura. Teremos um superintendente de rede, que é páreo de um superintendente regional, e teremos sete superintendências executivas. Esses superintendentes executivos e de varejo coordenarão os trabalhos nas unidades”, avaliou.

Parte da preocupação com a nova organização administrativa da Caixa se deu pelo fato de Prefeituras da região manterem contratos diretos com a superintendência do Grande ABC em setores como habitação (em especial o Minha Casa Minha Vida) e o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal.

“Todos os projetos que já estão em andamento continuam. E eventuais projetos que estejam nas superintendências continuam normalmente, isso não muda em nada. A expectativa é que a gente acelere mais ainda (o andamento destes projetos). A estrutura de superintendência continua. O que muda é a forma de atuação”, pontuou.

Com a nova estrutura, a Caixa acredita que poderá deixar os gerentes mais livres para caminhar com as demandas do poder público e até de seus próprios clientes. Passos utilizou o próprio ritmo de trabalho para ilustrar a situação. “Hoje tenho uma célula administrativa que demanda muito do meu dia a dia e uma série de atividades que, a partir de março, eu não terei mais, que irão passar para áreas que centralizarão isso. O gerente regional de governos não trabalha exclusivamente com isso, ele tem demandas que não são de seu segmento propriamente dito. Agora não, ele vai estar totalmente voltado para isso.”

Na semana passada, o Sindicato dos Bancários do Grande ABC declarou que temia pelo fechamento da superintendência regional, que funciona na região central de Santo André. A entidade alega que a instituição financeira pretende reduzir o número de superintendências de oito para seis e que deverão passar a se chamar superintendências nacionais de varejo. No País, as superintendências regionais deverão diminuir de 84 para 54 e, em São Paulo, de 18 para nove. 

Consórcio prevê convocação de Baldy para detalhar futuro do BRT

Presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (Cidadania) admitiu a possibilidade de convocar o secretário dos Transportes Metropolitanos do Estado, Alexandre Baldy, para que ele apresente qual será o modelo apresentado para a Linha 18-Bronze, que deverá ligar a região à Capital por meio de BRT (sigla em inglês para transporte rápido por ônibus).

“A gente vai convidar o secretário para ver, principalmente, qual será o modelo. Hoje o recurso financeiro é um dos desafios, mas queremos que o modelo colocado aqui seja exequível, que dê para tirar do papel”, declarou Maranhão.

Baldy afirmou no ano passado que apresentaria projeto do BRT até o fim de 2019, o que não ocorreu. O governador João Doria (PSDB) admitiu que o planejamento deve ser externado até o primeiro semestre de 2020, mas também não entrou em detalhes de quando isso poderá acontecer.

Doria confirmou que o transporte utilizará pneus e não trilhos, mas que deverá ter mesmo grau de conforto, como ar-condicionado, wi-fi, estações de embarque e desembarque rápidos, sistema de leitura eletrônica.

Pensado inicialmente como monotrilho, o projeto foi encerrado por Doria em agosto, sob alegação de que o valor – estimado em R$ 6 bilhões em quantia atualizada – era grande obstáculo para efetivação do empreendimento. Com o BRT, o governo pretende gastar R$ 600 milhões.




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