Podia ter sido muito pior para o Palmeiras a visita à fria Mendoza, na Argentina. Pelo início desastroso, o empate por 2 a 2 com o Godoy Cruz, ontem, acabou sendo ótimo resultado no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores. A volta será terça-feira, em São Paulo, e o Verdão pode até empatar por 0 a 0 ou 1 a 1, já que os gols marcados fora de casa são critérios de desempate.

Felipão ousou ao promover a titularidade de Borja na vaga de Deyverson – o colombiano não entrava em campo desde o dia 30 de maio. Outra mudança foi no meio, com Raphael Veiga na vaga de Zé Rafael. Tudo indicava que o técnico estava insatisfeito com o rendimento ofensivo da equipe.

O início de jogo do Palmeiras foi desastroso. Errando passes e com espaço entre as linhas o time permitia ao Godoy Cruz não só dominar a posse de bola, mas pressionar em busca das redes. Sofreu o primeiro gol logo aos cinco minutos. Sem mostrar poder de reação, aos 28 já perdia por 2 a 0.

O semblante de Felipão no banco de reservas era até mais preocupante do que o rendimento do time em campo. O treinador parecia perdido, surpreso com a má fase que a equipe atravessa. Por sorte, Felipe Melo, de cabeça, aproveitou um dos poucos bons ataques palmeirenses e diminuiu ainda no primeiro tempo.

Bobeira de Gustavo Gómez, no entanto, freou a reação. Infantilmente, ele puxou Santiago García, que havia feito os dois gols dos argentinos na área: pênalti. Ele mesmo bateu, mas fraco, no meio e facilitou para defesa de Weverton.

A segunda etapa foi bem diferente. O Palmeiras voltou mais organizado, sem dar espaços aos argentinos. Foi então que brilhou a estrela de Borja. Até então apagado, o colombiano decidiu. Aos 13, recebeu na entrada da área, girou para cima da marcação e tocou na saída do goleiro para deixar tudo igual – o atacante não marcava um gol pelo Verdão desde o dia 27 de fevereiro, no Paulistão.

Com o empate, o Palmeiras foi superior e criou as melhores chances para virar o placar, mas não conseguiu. Na saída do gramado, Borja comemorou o gol. “Só tenho de continuar trabalhando, fazendo o que sei. Preciso só de um pouco de confiança”, garantiu.