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Capuava sofre 3ª enchente desde 2016
Por Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
12/03/2019 | 07:00
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 Camas, colchões, sofás, cobertores, brinquedos. A Rua George William Hauck, no bairro Capuava, em Mauá, acumulava ontem pilhas de objetos pessoais e móveis dos moradores, atingidos pela terceira enchente desde 2016.

“A gente queria só um pouco de dignidade. Vamos ter que sair do que é nosso porque a Prefeitura não dá condições dignas para as pessoas morarem”, desabafou a dona de casa Sandra Rossi, 45 anos. Morando no local há 30 anos, ela relatou que sempre que chove mais forte a situação se repete. “Já perdi as contas de quantas vezes perdi tudo.”

A família tentava lavar colchões e móveis, na esperança de que algo pudesse ser reaproveitado. “Estou lavando com a água da piscina (inflável), porque nem desconto na conta a gente tem, mesmo quando isso acontece.”

A agente comunitária Maria Elza de Bortoli, 53, também tentava lavar o jogo de sofá, cuja última parcela foi paga há menos de um mês. “Ainda ontem (domingo) contava para a minha irmã que finalmente estava deixando minha casa arrumada depois da última enchente”, lamentou.

No número 129, das três famílias que moram no quintal, duas perderam tudo. “Aqui é assim, choveu, encheu. Só que desta vez parece que foi mais rápido’, afirmou a auxiliar de produção Lucineide do Carmo Menezes, 43. “Perdi tudo de novo. Guarda-roupas, geladeira, fogão...”

O inspetor de qualidade aposentado Orlando Lacerda, 69, perdeu os móveis da sala. “Deu tempo de levar algumas coisas para cima e tirar o carro da garagem. Em 2017, perdi um automóvel embaixo da água”, lembrou. “Mas na cozinha o prejuízo foi grande. Armário embutido, fogão, geladeira. Tudo estragado.”

Equipe da Secretaria de Assistência Social cadastrava as famílias em uma igreja evangélica na rua, que não chegou a ser atingida. Também estava sendo distribuída sopa. “Estamos levantando as necessidades dos moradores”, afirmou o secretário adjunto de Assistência Social, João Fávaro.

 

 




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