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Mortes, caos e prejuízos na região

Volume de chuva acima do esperado pela meteorologia deixou dez óbitos, além de vias e residências alagadas

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
12/03/2019 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


 Temporal entre a noite de domingo e a madrugada de ontem deixou o Grande ABC literalmente debaixo d’água. Além de dez mortes devido a episódios de deslizamento de terra (em Ribeirão Pires) e afogamentos (em Santo André, São Bernardo e São Caetano), o dia foi de caos para moradores, trabalhadores e pessoas que circularam pela região.

Na mobilidade urbana, os transtornos contabilizaram desde ruas e avenidas importantes submersas – inclusive a Via Anchieta – e, com isso, tráfego congestionado de veículos durante todo o dia, até interrupção da circulação da Linha 10–Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e dos trólebus.

Na educação, 18 escolas tiveram atividades afetadas em quatro cidades. Santo André contabilizou três unidades de ensino com aulas suspensas e 540 crianças prejudicadas. Já em São Bernardo, a única Emeb (Escola Municipal de Educação Básica) atingida foi a Pastor Roberto Montanheiro, na Vila Vivaldi, que não funcionou – foram 142 alunos afetados. Em Rio Grande da Serra, não houve aula nos bairros Vila Niwa (Emeb Pequeno Príncipe) e Vila São João (Emeb Joaquim da Silva). São Caetano, Mauá e Ribeirão Pires não informaram.

No ensino superior, pelo menos oito instituições localizadas no Grande ABC suspenderam os trabalhos ontem. São elas: Anhanguera, Faculdade de Medicina do ABC, FEI, Fundação Santo André, Instituto Mauá de Tecnologia, Metodista, UFABC (Universidade Federal do ABC) e USCS (Universidade Municipal de São Caetano) tanto em razão de danos causados pela chuva quanto pelo trânsito e dificuldade de alunos chegarem.

Bairros de São Bernardo, São Caetano, além do Sacomã e São João Clímaco, na Capital, tiveram o fornecimento de energia afetado por causa da tempestade que atingiu a região. O mesmo ocorreu em Diadema. Até o fechamento desta edição, a energia não havia sido restabelecida por completo. Conforme a Enel, duas subestações foram alagadas e equipes da concessionária seguiam trabalhando na drenagem da água e limpeza para retomar o serviço.

Em Santo André, na Vila América e no bairro Santa Terezinha, o dia foi de contabilizar prejuízos por parte dos moradores, após inundações. O mesmo aconteceu em São Bernardo, principalmente no Rudge Ramos, área da Vila Vivaldi, onde munícipes ficaram ilhados e precisaram ser resgatados por botes e até mesmo pelo helicóptero Águia da Polícia Militar – até o fechamento desta edição o trabalho dos bombeiros permanecia. Como de costume, a área mais afetada em São Caetano foi o bairro Fundação e, em Mauá, o Capuava.

OCORRÊNCIAS

Quedas de árvores, além de deslizamentos, quedas de muro e de encostas – ocorrências sem vítimas – também foram observados na região. São Bernardo contabilizou 61 transtornos no Ferrazópolis, Montanhão, Irajá, Nova Baeta, Cooperativa, Santo Inácio, Vila Esperança, Jardim Laura, Assunção e Riacho Grande, além de três quedas de árvores.

Muros e postes cederam e interditaram vias em três bairros de Diadema (Conceição, Centro e Inamar) e, além disso, houve queda de três árvores, e alagamento no pavimento térreo do Condomínio Mazaferro I, no Casa Grande, o que obrigou a equipe da Secretaria de Habitação a realizar, durante a noite e madrugada, trabalho emergencial.

Foram cerca de 45 ocorrências, como quedas de árvores, pontos de alagamento e deslizamentos em diferentes regiões de Ribeirão Pires. Já em Rio Grande, foram 11 casos de escorregamento de terra e dois desabamentos de árvores.




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