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Clarice Lispector está sempre viva

No dia em que se completam 40 anos sem a escritora homenagens foram programadas

Por Marcela Munhoz
09/12/2017 | 07:00
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Reprodução


 ‘Crônica é um relato? É uma conversa? É o resumo de um estado de espírito?’ Foi assim que Clarice Lispector (1920-1977) começou o texto Ser Cronista no Jornal do Brasil – a propósito, crônica é uma análise pessoal e reflexiva sobre assuntos do cotidiano. A escritora e jornalista, que morreu há exatos 40 anos (aos 56, em decorrência de um câncer de ovário), é um dos principais nomes da crônica e, claro, da literatura do País do século 20.

Autora de obras importantíssimas como De Corpo Inteiro (1975), A Hora da Estrela (1977) e A Descoberta do Mundo (1984), Lispector – nascida na Ucrânia, mas naturalizada brasileira – receberá homenagens hoje. A Biblioteca Mário de Andrade (Rua da Consolação, 94), em São Paulo, tem programação especial com apresentação do musical Outra Hora da Estrela, à 19h.

Antes, a partir das 16h, o jornalista, pesquisador e pós-graduando Gutemberg Medeiros vai apresentar a palestra Clarice Lispector ao Rés do Chão: Fusão de Literatura e Jornalismo. “Uma vida é muito pouco para conhecer profundamente os grandes autores. Então, é possível conhecer várias Clarices. Ela alcançou uma subversão que só conheço com Nelson Rodrigues. Como o jornalista alimentava a crônica. Ela questionava o que estava fazendo aqui, como se comunicava com o leitor. Enquanto não conseguia as respostas, continuava escrevendo”, analisa Medeiros.

NA TELEVISÃO
O Canal Brasil vai apresentar o especial 40 Anos Sem Clarice, com dois filmes adaptados de obras da escritora. Às 14h10, será exibido De Corpo Inteiro (2008), que revive entrevistas conduzidas pela escritora e publicadas nas revistas Manchete e Fatos & Fotos nos anos 1970. Já às 15h20 vai passar A Hora da Estrela (1985), adaptação do livro para os cinemas. O longa foi estrelado por Marcélia Cartaxo, José Dumont, Tamara Taxman e Fernanda Montenegro.

Na TV Cultura, por sua vez, será exibida a última entrevista da jornalista para a televisão, realizada em 1977. Vai ao ar a partir das 0h30, com depoimentos de grandes nomes da cultura nacional, como Chico Buarque, Lygia Fagundes Telles, Ferreira Gullar e Suzana Amaral, cineasta responsável por adaptar para o cinema A Hora da Estrela.




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