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‘Número 23’ é tralha audiovisual
Por Cássio Gomes Neves
Do Diário do Grande ABC
23/03/2007 | 07:05
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São 23 os números de cromossomos que cada pai lega ao filho; 23 é o resultado da soma entre dia, mês e os algarismos do ano do 11 de Setembro (11/09/2001) e da soma de todos os algarismos da data em que o Titanic foi a pique (15/04/1912); e 23 poderia ser o total de minutos de duração de Número 23, suspense com Jim Carrey no papel do pai de família com obsessões de um interno do Pinel.

O ponto de partida do filme é uma teoria conspiratória na qual está embutido Walter (Carrey) e cujas pistas estariam vinculadas ao tal numeral. Ao ganhar da mulher um livro intitulado Número 23, acredita que o romance, protagonizado por um detetive chamado Fingerling (Carrey, de novo), descreve sua própria vida. Ao fim da obra, porém, o protagonista comete um assassinato. E Walter teme fazer igual.

Não mais que uma tentativa de verificar a flexibilidade dramática de Carrey, o filme se vale unicamente da premissa supostamente genial. Cada cena, após estabelecido o conflito, parece apenas preencher celulóide em branco, tamanha a quantidade de clichês e a anarquia narrativa desproposital. Aliás, é a especialidade do diretor Schumacher, o mesmo de O Fantasma da Ópera, 8 Milímetros, Batman e Robin e de mais duas dezenas de tralhas audiovisuais.

NÚMERO 23 (The Number 23, EUA, 2006). Dir.: Joel Schumacher. Com Jim Carrey, Virginia Madsen. Estréia nesta sexta-feira no ABC Plaza 1, Shopping ABC 3, Extra Anchieta 5, Central Plaza 10 e circuito. Duração: 95 minutos. Classificação indicativa: 14 anos.



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