O prefeito de Itapuí, Abib Azar, tem um Orçamento de R$ 3,6 milhoes e uma dívida "impagável" com um precatório de R$ 30 milhoes. A rolagem da dívida por oito anos, prevista na proposta de emenda constitucional desarquivada pelo deputado Duílio Pisaneschi, nao seria suficiente para garantir os pagamentos de sua dívida. Azar precisaria de mais 160 anos para pagar o restante do precatório.

O precatório deve-se à desapropriaçao de uma área de seis alqueires, realizada em 1985 pela Prefeitura de Itapuí para a instalaçao de pequenas empresas, que hoje geram 1,5 mil empregos para uma populaçao de 10 mil habitantes.

O prefeito disse que em Itapuí há 2,7 mil casas. "Com esses R$ 30 milhoes, eu poderia construir 3 mil moradias populares. Ou seja, outra Itapuí." Azar afirmou que o Poder Judiciário precisaria ter "bom senso". "De onde eu vou tirar o dinheiro para pagar essa dívida?", questionou.

Segundo Azar, o preço de um alqueire em Itapuí é R$ 10 mil, mas, de acordo com a decisao judicial, cada alqueire desapropriado atingiu o valor é de R$ 5 milhoes. "Nem terreno na avenida Paulista custa tanto assim", protestou o prefeito.

Na realidade, o prefeito desconhece os valores do mercado imobiliário paulistano. Um terreno de 300 m² na avenida Paulista custaria no mínimo R$ 70 milhoes, se houvesse terreno vago na Paulista.