“Não gostava de catar latinha”, afirmou a adolescente, e disse que sua vida melhorou muito depois que passou a integrar o Peti. Segundo ela, nas atividades complementares que freqüenta recebe aulas de artesanato, como bordado.
Com a coleta de latinhas de refrigerante, os três irmãos conseguiam, em média, de R$ 10 a R$ 15 por semana. Junto com o salário de R$ 150 que o irmão mais velho ganha como carteiro comunitário no bairro, o rendimento dos adolescentes formava o orçamento da família. Depois que ingressou no Peti, a família de Leysiane passou a receber R$ 120 por mês e os três adolescentes foram encaminhados para as atividades complementares ao ensino oficial.
Maria Aparecida dos Anjos Barbosa, 37 anos, mãe dos quatro adolescentes, afirma que nos últimos dois anos a situação financeira de sua família ficou desesperadora. O marido de Maria Aparecida trabalhava como pedreiro, mas está preso desde o ano passado. “Meus filhos tiveram de ir para as ruas catar latas e sucatas para vender. Se não fosse a ajuda de vizinhos e conhecidos a gente passava fome”, disse Maria Aparecida, que já trabalhou como empregada doméstica, mas não consegue emprego.
Informada sobre o Peti por uma vizinha, Maria Aparecida fez o cadastro de sua família no programa e passou a receber os R$ 120 no início deste ano. Com a complementação no orçamento doméstico, ela afirma que, atualmente, só espera conseguir um emprego para poder arrumar de vez a vida da família. — RO
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