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Orquestras Filarmônicas caminham a passos lentos
Por Kelly Zucatelli
Do Diário do Grande ABC
12/02/2011 | 07:00
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As Orquestras Filarmônicas de São Bernardo e São Caetano iniciam o ano a passos lentos e na expectativa de que os recursos atendam efetivamente a demanda dos trabalhos.

Santo André, com sua Sinfônica, saiu na frente no cronograma de apresentações, que iniciam no dia 26. São Caetano começa a agenda em 16 de março, no Teatro Paulo Machado de Carvalho, enquanto a formação de São Bernardo diz depender de resposta do MinC (Ministério da Cultura) para começar as atividades.

A Filarmônica Vera Cruz, de São Bernardo, regida pelo renomado maestro Júlio Medaglia, aguarda aprovação de projeto a partir da Lei Rouanet, na ordem de R$ 15 milhões, para colocar em prática os cursos do Centro Livre de Música, que serão comandados por Medaglia e o maestro Sergio Cascapera, além da manutenção da orquestra principal, professores e turnês.

Algumas empresas já sinalizaram o interesse em patrocinar. "A formação musical será gratuita e à princípio realizada no Teatro Martins Pena, mas a Prefeitura já busca outra área para construir um espaço maior", explica o subsecretário de Cultura de São Bernardo, Osvaldo Oliveira Neto. A resposta do Ministério da Cultura sairá nos próximos 20 dias.

Devido à pendência, o sub-secretário não soube precisar os recursos destinados à Filarmônica neste ano, mas garantiu que mesmo que o projeto de R$ 15 milhões não vingue nos próximos dois anos, a Filarmônica não sofrerá nenhum prejuízo como patrimônio cultural da cidade. "Vamos remodelar os orçamentos e a programação. Com a chegada desse dinheiro, devemos investir cerca de R$ 1 milhão na compra de novos instrumentos", afirmou Neto.

SÃO CAETANO - A Orquestra Filarmônica da cidade já relaciona bons nomes de maestros como convidados especiais para o cronograma de apresentações do ano, no Teatro Paulo Machado de Carvalho, mas ainda vive o enigma se a verba para este ano será suficiente para cobrir os custos, já que teve um tímido aumento com relação ao ano passado, indo de R$ 1 milhão para R$ 1,1 milhão.

"Fiz um planejamento para a Secretaria de Cultura e sugeri montar um projeto de patrocínio com empresas que realmente estejam interessadas em investir na música e não só em redução de impostos. Agora é aguardar", explicou o maestro Sérgio Assumpção.

Sobre a condição dos instrumentos, Assumpção salienta que estão antigos e que precisariam de investimento na ordem de R$ 70 mil para melhoria de material de percussão (bumbo, pratos, xilofone). Além da compra de um piano de concerto para o Teatro Paulo Machado de Carvalho.

AGENDA - A agenda, que inicia no próximo mês, terá 20 concertos com dez repertórios diferentes no ano, com sinfonias que vão desde o período barroco até a música contemporânea.

O violoncelista Antonio Lauro Del Claro, o pianista Eduardo Monteiro, o violinista Davi Graton e a violoncelo chinesa Ji Yon Shim se apresentarão gratuitamente na cidade.




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