O PIB (Produto Interno Bruto) das sete cidades do Grande ABC somou em 2001 R$ 36,208 bilhões e R$ 37,429 bilhões em 2002, colocando a região no terceiro lugar do país, só abaixo abaixo de São Paulo e Rio de Janeiro e na frente de Brasília. O dado é da CNM (Confederação Nacional dos Municípios), entidade integrada por prefeitos e ex-prefeitos e que divulgou o ranking da riqueza das cidades na última semana. O PIB é a soma da produção da produção industrial, comercial e serviços de uma região – cidade, Estado ou país.

O levantamento – inédito no país desde o começo da década de 90 quando o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) deixou de calcular o PIB dos municípios individualmente – é referente aos exercícios de 2001 e 2002, dois últimos anos da gestão do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). De acordo com o IBGE, o PIB nacional, naquele período, registrou um aumento de 1,93%. O PIB paulista, segundo a Fundação Seade, cresceu 0,082%. O PIB do ABC, conforme a CNM, 3,37%.

A pesquisa da entidade municipalista baseia-se em dados publicados pelo IBGE e estatísticas das Secretarias Estaduais da Fazenda. A metodologia da pesquisa é da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). O IBGE divulga terça-feira outra versão do ranking do PIB municipal.

Maior metrópole do país, com aproximadamente 10 milhões de habitantes, São Paulo lidera o PIB dos municípios – R$ 100,576 bilhões (2001) e R$ 104,691 bilhões (2002) –, seguido do Rio de Janeiro – R$ 73,847 bilhões (2001) e R$ 80,726 bilhões (2002) – e Brasília – R$ 33,051 bilhões (2001) e R$ 35,672 bi (2002).

São Bernardo – Individualmente, São Bernardo tinha o o 11º PIB do país, com R$ 15,236 bilhões em 2002 e R$ 15,360 bilhões em 2001. Apesar da queda, a cidade está na frente de capitais como Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Salvador (BA) e Goiânia (GO).

Em nível estadual, a capital dos paulistas também lidera a pesquisa, seguida de Paulínia, um dos maiores pólos petroquímicos da América Latina, São José dos Campos, sede da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A) e uma das maiores empresas aeroespaciais do mundo, e Guarulhos, cuja a indústria e o setor de serviços puxam a economia local.

São Bernardo é o quinto PIB do Estado, superando Cubatão, importante pólo industrial, e Campinas, sede da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), um dos maiores pólos de tecnologia e ensino do país. Santo André ocupa 10ªposição com R$ 6,210 bilhões em 2001 e R$ 6,456 bilhões.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, José Lopes Feijoó diz que as dificuldades econômicas do país, no final da década de 90, quando houve a desvalorização do dólar causaram forte impacto na região, com o fechamento e 100 mil vagas com carteira assinada, entretanto, a economia não parou. "Os números mostram que a indústria é a base da economia do ABC. Em São Bernardo, por exemplo, 60% de sua ecnomia é baseada no setor automotivo, que demitiu milhares de trabalhadores, mesmo assim ocupa um lugar importante na economia do Brasil", comentou o sindicalista.