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Ratos ganham jogo contra morador em rua no Capuava, em Mauá
Por Angela Martins
Especial para o Diário
14/02/2006 | 07:38
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“Aqui os ratos não dão sossego”, vai logo avisando a dona-de-casa Rosalina Alfini de Lima, 63 anos. Ela mora na rua Cabo João Romeu Teixeira, no bairro Capuava, em Mauá. A casa, feita de madeira, está repleta de buracos feitos pelos ratos. “Eles fazem buracos pelo chão, no telhado. Tampo um buraco e aparece outro”. Nem a comida nas panelas está a salvo dos roedores. “Há alguns dias, deixei mistura numa panela tampada, em cima do fogão. Quando voltei, encontrei duas coxas de frango atrás do sofá”.

Rosalina utiliza garrafas plásticas e funis para tapar os buracos no assoalho da cozinha. “Tem que colocar objetos para eles não entrarem na cozinha pelos buraquinhos no chão”. Embora ela tente conter a invasão, os roedores já roubaram até a comida do passarinho da gaiola. Exigentes, os ratos têm até preferências gastronômicas. “As frutas de que eles mais gostam são bananas e maçãs”, conta a dona-de-casa.

A moradora do Capuava já pediu providências para a Prefeitura, mas não conseguiu solução para o problema. “Liguei para a Prefeitura, mas não aconteceu nada. Na Zoonoses, disseram que não são eles que cuidam disso. Já faz mais de um ano que reclamo”, ressalta. Para tentar conter a proliferação dos roedores, Rosalina espalha veneno em pedaços de pão pelo forro do telhado. “Eu acho alguns mortos, mas acho que são muitos para eu dar conta”, afirma.

“Não agüento mais matar ratos. Outro dia, peguei um saco de brinquedos da minha filha e dentro tinha um ninho com um monte de filhotinhos de rato”, conta Regina de Lima Costa, 41 anos, também dona-de-casa no bairro. Segundo Regina, não importa o quanto ela limpe a casa – os roedores sempre aparecem.

“A situação está terrível. Tenho netos pequenos, os ratos podem transmitir doenças. Na semana passada mesmo, matei um rato na minha garagem”, afirma outra reclamante, a dona-de-casa Íris Andrade Ferreira, 60 anos.   Segundo moradores, os ratos vêm do rio Tamanduateí e de terrenos da Eletropaulo, que ficam próximos à rua Cabo João Romeu Teixeira. O acúmulo de lixo nesses locais estaria atraindo os ratos. “A Prefeitura não limpa e o povo joga muito lixo. Isso acaba atraindo cada vez mais ratos”, raciocina a aposentada Ana Maria Soares, 50 anos. Ela acredita que tal situação tem se agravado nos últimos anos.

Providências –A Prefeitura de Mauá informa que fará uma vistoria nos locais indicados pelos moradores como foco dos roedores. Se a área for pública, a limpeza do local será feita em um prazo de 10 dias. Se for particular, a Prefeitura fará a notificação ao proprietário do terreno, que terá prazo de 15 dias para efetuar a limpeza da área.




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