Política Titulo São Bernardo
Sobre denúncias, petista se diz inocente
Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
03/07/2015 | 07:00
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A ex-secretária de Educação de São Bernardo Cleuza Repulho (PT) alegou inocência no processo na qual é ré, a pedido do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) ABC, acusada de desvio de recursos públicos e formação de quadrilha. Segundo promotores, ela participou de esquema que superfaturou em pelo menos R$ 4 milhões aquisição de tênis e mochilas a alunos da rede pública.

A ex-titular do governo do prefeito Luiz Marinho (PT) falou pela primeira vez sobre o processo desde que o caso veio à tona, publicado em reportagem pelo Diário em abril de 2014.
“Está na Justiça (caso) e ela é que vai dizer. Está andando o processo, como andaram os outros meus em Santo André. Até agora, não tive qualquer condenação”, citou, lembrando trabalho à frente da Educação em Santo André, entre 2001 e 2007, nas gestões petistas de Celso Daniel (morto em 2002) e João Avamileno.

Segundo investigação levada à Justiça, pelo menos R$ 4 milhões foram desviados dos cofres públicos. O Gaeco também solicitou devolução dos valores pagos em contrato. A empresa vencedora do processo licitatório de 2009, que também renovou atas dos em 2010, 2011 e 2012, recebeu R$ 33,8 milhões. Também foi solicitada prisão preventiva de representantes das companhias que participaram da concorrência diretamente e que trabalham em conluio, segundo o Ministério Público.

NÃO CONCLUÍDO
A frase que marcou os discursos de Cleuza em sua despedida ontem foi em relação ao dever cumprido à frente da Pasta.

A ex-titular, porém, admitiu, ao ser questionada por jornalistas, que atrasou a entrega do PME (Plano Municipal de Educação), contrariando orientação do governo federal, que esperava conclusão por parte dos municípios até o dia 30.

“Sempre meta é cumprir prazo. Mas a questão é: o que deve ser priorizado? A discussão mais ampla com a cidade, de como será os próximos dez anos, atrasando a conclusão em dois meses, ou fazer a toque de caixa somente para obedecer prazo? Não entregamos porque queríamos ampliar a discussão. O governo do Estado não terminou o seu. Agregar uma cidade, do tamanho da nossa, precisa ter planejamento conjunto”, justificou a Cleuza, salientando que o plano deve ser concluído em agosto. 




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