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Torcedor estiliza mega-escudo do Timão na parede de casa
Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
10/12/2007 | 07:12
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Cada qual tem uma maneira de definir o que é paixão. A da família Godoy, de São Bernardo, se chama Corinthians. Fanáticos pelo time, o aposentado Samuel Godoy, 72 anos, e o filho Ronaldo, 35, traduziram tal devoção pintando um escudo gigante do clube (2,5 m x 2,5m) na parede dos fundos da casa, no Jardim Maria Cecília.

O sinal de que ali moram fiéis torcedores do Alvinegro pode ser visto por quem passa na altura do km 22 da via Anchieta, no sentido Santos/São Paulo.

Os Godoy deixam claro que a instalação não é uma espécie de promessa a São Jorge para devolver o time à Série A do Brasileiro. O escudo foi pintado em 1993, ano em que a família, que morava em Pinheiros, mudou-se para o bairro. “Quando vim com meu pai ver a casa, notei que na mesma rua tinha uma outra casa com o telhado verde. Assim que nos mudamos fiz o escudo”, disse Ronaldo.

A paixão pelo Corinthians é tamanha que nem a natureza resistiu à rivalidade com o Alviverde. “Quando comprei a casa, havia duas árvores no quintal. Pensei que fossem coqueiros. Quando me disseram que eram Palmeiras, passei o facão”, conta, sorrindo, Samuel Godoy.

E a dedicação ao time não é apenas simbólica. Tem jogo do Timão em São Paulo? Lá estão os Godoy. A freqüência aos estádios, no entanto, diminuiu nos últimos anos em razão da violência. “Agora só em jogos contra equipes de fora, e de pouca expressão. Há 30 anos minha mãe não pisava num estádio. Retornou na partida contra o Figueirense (última vitória do Timão (2 a 1, no dia 28 de outubro)”, disse Ronaldo.

Ponto de vista - A falta de sintonia entre os Godoy só ocorre quando o assunto é o futuro do time. Ronaldo torce para que o Corinthians conquiste a Copa do Brasil e retorne à Libertadores em 2009, mesmo que continue na Série B do Brasileiro.

“Que nada! Prefiro voltar à Série A, senão os palmeirenses vão tirar um sarro. Vão dizer que ficaram apenas um ano na Segundona”, retrucou o chefe da casa. O Palmeiras caiu em 2002 e voltou à elite do Brasileiro no ano seguinte.

A trajetória do Timão na Série B vai quebrar um tabu na família Godoy, o de nunca ter ido ao Bruno Daniel e ao Anacleto Campanella. “Agora vamos. Estamos com o Timão onde ele estiver”, garante Ronaldo.



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