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Para petistas, assessor preso com dinheiro foi 'laranja'
11/07/2005 | 08:20
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Parlamentares e dirigentes do PT suspeitam que José Adalberto Vieira da Silva pode ter sido apenas laranja em uma trama para derrubar José Genoino da presidência do partido. Eles estão convencidos de que Silva não era o dono do dinheiro – US$ 100 mil escondidos na cueca e mais R$ 200 mil em maleta – e não acreditam que a prisão do ex-assessor do deputado José Nobre Guimarães, irmão de Genoino, tenha sido mera coincidência. "Foi uma traição", suspeita Sônia Braga, presidente do PT cearense.

"Temos de saber o que aconteceu realmente em Congonhas", disse o deputado Ivan Valente (PT-SP). "Ele (Silva) é que vai ter que explicar", anotou o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), impressionado com o volume que Silva transportava na cueca. "Isso não é uma cueca, isso é um samba-canção. Essa é a cueca mais cara que eu já vi na minha vida. Ele é o dono da cueca, é o dono do dinheiro, dono da passagem."

"O Adalberto é uma pessoa do bem, um sujeito alegre", afirma Sônia. "Estou assombrada porque ele não tinha grandes funções no gabinete do irmão do Genoino." Desde 2001, Silva era secretário de Organização do PT no Ceará. Vinha a São Paulo raramente, para reuniões setoriais da sigla. Não cuidava do caixa do partido. Nobre diz que não sabia da viagem do ex-assessor, mas não fala sobre o fato de seu nome estar na agenda do suposto operador do mensalão.

"Essa balada foi o golpe de misericórdia no Genoino", observa Sônia Braga. "Se alguém do PT fosse fazer uma ação ilegal não ia ser no mesmo dia em que o Campo Majoritário estava reunido exatamente para definir o futuro do Genoino.




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