Economia Titulo
Mercadista adota private label para fugir das administradoras
Guilherme Yoshida
Do Diário do Grande ABC
10/02/2007 | 23:05
Compartilhar notícia


Como tentativa de atrair mais clientes, Gilberto Wachtler adotou os cartões de fidelidade em seu estabelecimento há oito anos. Proprietário do Supermercado Primavera, em Santo André, o empresário afirma que apesar da grande expectativa de retorno financeiro do serviço, atualmente apenas 7,5% do total das compras na loja é pago pelos fidelizados.

“Mesmo assim, vale a pena para mim. A taxa de manutenção dos cartões de créditos tradicionais é um verdadeiro estelionato, onde o lojista recebe o pagamento da compra 30 dias depois e ainda com um desconto abusivo. As administradoras fazem isso para quitar a inadimplência dos cheques”, reclama.

O comerciante conta que apesar das compras em cartões de fidelidade já terem se tornado uma tendência no comércio varejista, a maioria dos consumidores do supermercado ainda paga em dinheiro.

Wachtler afirma ainda que para os clientes, no entanto, a grande vantagem dos cartões de fidelização em relação aos de créditos tradicionais é a ausência de anuidades e de altas taxas de juros nas prestações.

“O foco do private label é em clientes de classes sociais mais baixas, já que o limite de renda exigido é pequeno”, diz o proprietário.

Ele conta que o tíquete médio dos cartões de crédito tem diminuído cada vez mais e acredita que este serviço funciona como um “fiado eletrônico”, além de ser uma opção diferente de se obter crédito.

“Ainda é impossível de se trabalhar apenas com o private label, já que iria restringir muito o público consumidor. O cartão de crédito tradicional é um mal necessário, além de ser uma maneira cara de se realizar compras”, conclui.

COMPARAÇÃO

Segundo a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços), o mercado de cartões próprios de lojas e redes ainda é pequeno em relação ao segmento dos plásticos tradicionais.

De acordo com o levantamento da entidade, o private label deve encerrar 2006 com um faturamento de R$ 26 bilhões, enquanto os concorrentes atingiram R$ 150 bilhões no mesmo período.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;