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Brasileiro morto em Londres por engano é homenageado pela família
Por Da AFP
22/07/2007 | 14:48
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A família do brasileiro Jean Charles de Menezes prestou neste domingo uma homenagem ao jovem morto em Londres por engano há dois anos pela polícia britânica que o havia confundido com um terrorista.

Os primos do eletricista que morreu aos 27 anos no dia 22 de julho de 2005 e os defensores de sua causa junto a membros dos Direitos Humanos, que exigem a punição dos responsáveis, se reuniram para um minuto de silêncio diante da estação de metrô de Stockwell, onde foi montado um altar improvisado erguido diante do local pouco depois da morte do brasileiro.

O brasileiro, que fugiu quando os policiais quiseram abordá-lo, foi morto com sete tiros pouco depois dos atentados de 7 de julho de 2005, que haviam deixado 56 mortos e 700 feridos, e no dia seguinte a uma série de atentados frustrados contra a rede de transportes públicos.
 
Depois da morte de Jean Charles, o altar em sua homenagem foi pouco a pouco sendo coberto por fotos, desenhos, mensagens de apoio e flores.

Justiça - Ao final do ato deste domingo, Patrícia Armani da Silva, uma prima de 33 anos de Jean Charles que morou com ele ao sul de Londres, não conseguiu conter as lágrimas.

"Viemos aqui em memória de meu primo. É um momento muito difícil para nós porque até agora nada foi feito para fazer justiça a ele. Ainda esperamos algum tipo de justiça", disse ela.

Sua família havia perdido em dezembro na Alta Corte de Londres sua apelação sobre a decisão do Ministério Público britânico de não processar individualmente nenhum dos 15 policiais envolvidos na morte de Jean Charles, por considerar as provas como "insuficientes".

Os "Law Lords", equivalente à Corte Suprema na Grã-Bretanha, ainda devem decidir se examinarão o caso.

Enquanto isso, um processo está em andamento contra a Scotland Yard, que é processada por violação das regras sanitárias e de segurança por não ter conseguido assegurar a proteção de Jean Charles. Em setembro, a polícia alegou inocência.




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