O capitão do penta lembra que o ex-colega da Seleção enfrentou problemas no passado e que as ironias (como símbolo do fracasso no Mundial da Itália-1990 na época de Lazzaroni) deixaram nele um ‘certo rancor'. "Isso precisa terminar. É o jeito dele e vocês (da imprensa) devem compreender", pediu Cafu, ao participar em Pretória, na África do Sul, como garoto propaganda no evento esportivo (destinado a jovens locais) organizado pelo patrocinador do ex-atleta do São Paulo, Palmeiras, Milan e outros clubes europeus.

Lá, Cafu segue o roteiro da empresa e procura passar a ‘imagem de guerreiro' que sempre caracterizou um dos principais personagens brasileiros nas diferentes Copas do Mundo - quatro no total.

Um dos pontos polêmicos da entrevista é aquele em que Cafu fala das rígidas normas de Dunga aos repórteres nacionais e internacionais que cobrem o Brasil. "Ele está certo e vocês (jornalistas) deveriam entender e dar razão a ele", aconselhou.

O ex-lateral compôs a equipe brasileira eliminada nas quartas de final da Copa de 2006 na Alemanha. Segundo ele, a "cartilha do Dunga" evita os erros cometidos até a derrota diante dos franceses. "Ele conseguiu fechar o grupo. Se liberasse, aconteceria como há quatro anos e vocês iriam responsabilizá-lo", afirmou.

Apesar de tudo, Cafu acredita que se Dunga fosse mais flexível não receberia tantas críticas. Ele supõe que as perseguições no Mundiais de 1990 e mesmo em 1994 (antes do início da campanha do tetra) moldaram o comportamento do capitão do tetra. "Não é fácil. Sei que ele viveu", lembrou Cafu, que aposta na conquista do hexa. A Seleção evolui e pode chegar. Espanhóis e holandeses também me agradaram".