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A juventude quer mudar o mundo
Por Caroline Ropero
Do Diário do Grande ABC
09/11/2014 | 07:00
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Divulgação


 Miséria, corrupção, desperdício e desigualdade são temas comuns nos noticiários. Entre os expectadores, há quem não aguente ficar parado diante dos problemas. É o caso de Victor Ruffino, 14 anos, de São Paulo, que estava insatisfeito com a falta de informação sobre lixo eletrônico e resolveu fazer a diferença.

 “Temos de cuidar do meio ambiente, pois ele é nossa sustentação. Não devemos mantê-lo limpo só para o futuro, mas para a geração na qual estamos.” Pensando nisso, Victor iniciou um projeto que recolhe resíduos eletrônicos nas casas das pessoas, ensina como descartá-los e leva o que pode ser aproveitado para uma ONG de reciclagem. 

Pensando em resultados mais rápidos, o garoto quis participar da campanha Nobre Doar, que recolhe roupas usadas para dar a asilos e orfanatos da comunidade. “Assim como nós gostamos que se preocupem conosco, os outros também gostam. O mundo está carente em vários quesitos como paz, informação e amor.”

Assim como Victor, os adolescentes estão cada vez mais otimistas. Segundo o levantamento da Secretaria Nacional da Juventude feito entre abril e maio de 2013, nove a cada dez jovens acreditam que podem mudar o mundo.

Isadora Faber, 15, de Florianópolis, quis fazer algo para melhorar a escola em que estudava. Então, usou a tecnologia a seu favor. Em 2012, ficou conhecida ao mostrar a verdadeira situação do colégio em uma página do Facebook. Com a repercussão, a merenda melhorou e salas de aula e banheiros foram consertados. 

Ações como de Isadora podem ser cada vez mais comuns de acordo com uma pesquisa espanhola que avaliou 27 países, incluindo o Brasil. Os dados mostram que a geração atual acredita no uso da tecnologia para melhorar os problemas mundiais. 

Quem não tem apoio e investimento para dar início a uma grande ideia pode tornar-se voluntário em ONGs e instituições. Como afirmou Asha-Rose Migiro, vice-secretária geral das Nações Unidas, cabe aos jovens encontrar maneiras de melhorar o futuro. 

ONG Olhar de Bia já ajudou 100 mil pessoas

Vencedora da categoria Agente Transforma – Reciclar o Mundo, dos Meus Prêmios Nick, Beatriz Martins de Souza, 13 anos, de São Paulo, ajuda pessoas carentes com sua ONG Olhar de Bia. A ideia surgiu em 2006, ao ver crianças da mesma idade que ela descalças, sujas e com roupas rasgadas pedindo balas. “Eram iguais a mim, com as mesmas vontades e desejos, mas com uma vida tão diferente.”

Então, ela passou a guardar toda bala que ganhava para distribuir no Natal. Já o pai, arrecadava roupas. “Conseguimos ajudar 600 pessoas.” Assim, surgiu a ONG, que auxilia crianças até hoje. 

Beatriz espera que sua atitude sirva de exemplo. “Não precisamos depender de alguém ou algo para começar a mudança. Eu comecei com um punhado de balas e hoje já ajudamos mais de 100 mil pessoas.”

Sobre o prêmio, ela sente-se honrada. “Pude mostrar que não tem momento certo para fazer o bem. O tempo é agora.”




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