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PSB apoia Aécio, porém mostra simpatia por Dilma

Mesmo contrariados, líderes da legenda nas cidades afirmaram acatar decisão nacional

Renato Gerbelli
Especial para o Diário
21/10/2014 | 07:00
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Alinhados às orientações do partido em níveis nacional e estadual, os diretórios do PSB no Grande ABC indicaram apoio ao candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB). Porém, em Diadema e Mauá, a adesão ao tucano foi firmada com pesar, já que dirigentes não escondem que a preferência era pela presidente Dilma Rousseff, candidata do PT à reeleição.

O presidente da legenda em Diadema, Manoel José da Silva, o Adelson, disse estar respeitando as orientações do PSB, porém, revelou ser simpatizante de Dilma. “Nunca desacatei a posição do partido. Minha preferência pessoal, sem dúvida, é a Dilma, mas estou apoiando o Aécio. Sou político partidário, tem de respeitar a sua casa”, afirmou Adelson, concluindo que não vai influenciar na decisão de seus correligionários. “Não vou punir nenhum militante do PSB que apoie Dilma, até por contexto histórico. O PSB, junto com o ex-presidente Lula, ajudou a mudar o País.”
Perguntado se iria seguir a suas preferências e votar na petista, o presidente do PSB em Diadema desconversou. “Não é porque gosto da minha mãe que vou votar nela.”

Outro que não parece ter gostado da decisão do PSB foi o presidente da legenda em Mauá, Carlos Wilson Tomaz. Ele é secretário municipal de Segurança Pública do governo mauaense de Donisete Braga (PT), que apoia Dilma. “Estamos seguindo as instruções dos diretórios nacional e estadual”, se resumiu.

Perguntado se não seria contraditório estar trabalhando em um governo petista, da base de Dilma, e apoiando Aécio, Tomaz se sentiu desconfortável e apenas falou que os fatos “são coisas diferentes”.
Nos dois maiores colégios eleitorais do Grande ABC, o PSB aderiu integralmente à campanha de Aécio.

Em São Bernardo, o vereador Antonio Cabrera (PSB), vestiu a camisa do tucano e embarcou na campanha. “Já estive com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) fazendo campanha para o Aécio (ato ocorrido no domingo, no Jardim Silvina, em São Bernardo). Estou respeitando o partido e, ao mesmo tempo, apoiando a nossa região, que mostrou estar querendo mudanças. Acho importante ter alternância no poder. Sem falar mal de ninguém, mas é sempre bom mudar”, opinou.

Já em Santo André, o vereador Almir Cicote (PSB), que foi candidato a deputado estadual, já havia demonstrado que faria oposição a Dilma Rousseff (PT) logo depois do primeiro turno. À ocasião, Cicote, falou que não daria para apoiar quem “usou de todos os tipos de baixarias para atacar a candidata (à Presidência da República) Marina (Silva, PSB) e que durante o processo eleitoral em Santo André o castigou tanto”. 




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