A figura do vice-prefeito de Diadema, Gilson Menezes, e ex-chefe do Executivo, está nos planos do PSB para valorizar suas lideranças. O partido pretende recuperar sua história e fortalecer a atuação política utilizando-o na peça publicitária da campanha de filiação. O objetivo, segundo o dirigente municipal e secretário de Segurança Alimentar, Manoel José da Silva, o Adelson, é saltar de 3.800 para 10 mil militantes.

As metas traçadas por Gilson, no entanto, ainda estão indefinidas. O socialista vai aguardar até o meio do ano para definir se continua como vice do prefeito Mário Reali (PT) nas eleições de 2012, se encabeça chapa majoritária ou, então, se aposenta. Na última aventura eleitoral, o vice concorreu a uma vaga na Assembleia Legislativa e obteve apenas 3.553 votos, insuficientes para assegurar o assento.

Com o resultado, o nome de Gilson ficou esquecido na política da cidade. O baixo rendimento foi agregado à falta de recursos financeiros. "É tudo muito caro. Eu tive uma campanha humilde, fui candidato mais a pedido do partido", pontuou. Na declaração de bens feita à Justiça Eleitoral no ano passado, o socialista registrou patrimônio de quase R$ 1 milhão.

Apesar de o vice-prefeito traçar possibilidades políticas, ele não é lembrado pelos socialistas na atual conjuntura política. O PSB é considerado pelo grupo do prefeito Mário Reali peça importante no tabuleiro eleitoral para assegurar a reeleição petista. Fato que tem motivado o governo a se esforçar para atender às exigências do partido. Nos bastidores, os socialistas tiveram dois nomes cotados para ocupar a vice de Reali e Gilson não foi cogitado. São eles o do vereador Wagner Feitoza, o Vaguinho, e do próprio Adelson. "Definir o futuro do Gilson é prematuro. Ele ainda tem dois anos para ajudar o Mário a governar bem", resumiu Adelson.

Gilson foi o responsável por incluir o PSB no hall de partidos governistas. Ele foi eleito em 2008 vice-prefeito pelo PSC, mas, após as eleições, migrou de legenda em manobra política que uniu socialistas e petistas. Antes disso, as duas siglas eram rivais ferrenhas. Adelson, inclusive, foi candidato a vice-prefeito na chapa do deputado estadual não reeleito, José Augusto da Silva Ramos (PSDB), em 2004 e 2008, o principal opositor do PT.

Em 1982, Gilson foi eleito o primeiro prefeito do PT. Na ocasião, o partido tinha apenas dois anos de atividade. Por divergências, deixou o PT e foi reeleito em 1992 pelo PSB.