Metade dos museus brasileiros não possui qualquer sistema de segurança que proteja seu acervo e apenas um em cada quatro tem algum tipo de infraestrutura voltada aos turistas, como folhetos e sinalização em inglês ou espanhol.

São conclusões de uma pesquisa realizada nos últimos quatro anos pelo IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus). Das 3.025 instituições mapeadas, 1.705 não responderam ao questionário enviado. Ainda assim, a amostragem é considerada suficiente para nortear estratégias que constarão do Plano Nacional de Museus, a ser lançado sábado.

Esse é o primeiro censo museológico do Brasil. Além das deficiências em relação à segurança - que deverão ser combatidas graças a um acordo com a Polícia Federal - e à adequação aos turistas - urgente, por conta da vinda da Copa do Mundo, em 2014, e da Olimpíada, em 2016, outro ponto negativo constatado foi a alta concentração dos museus: só 21,1% dos municípios têm ao menos um.

De história, artes e imagem e som, eles estão no litoral do País, nas capitais (30,5%), e no Sudeste (1.151) e no Sul (878), principalmente. São Paulo é campeã, com 132.

Alguns pontos são positivos: o surgimento de museus vem crescendo; o volume de visitantes, idem (82 milhões em 2009); quase 80% não cobram ingresso; entre os que cobram, o preço mais praticado é R$ 2.