Economia Titulo QI
Gerenciar emoções é fundamental
Emerson Coelho
Do Diário do Grande ABC
19/07/2009 | 07:05
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Muitas pessoas conhecem os testes de QI (quociente de inteligência), que são utilizados como forma de medir e avaliar as capacidades cognitivas (inteligência lógica) de um indivíduo. Mas atualmente, no mercado de trabalho, essas avaliações vêm perdendo espaço para os testes de QE (quociente emocional), que medem a inteligência emocional dos profissionais.

Por meio do QI, é possível aprender, se graduar e até especializar-se em alguma área, mas para ser bem sucedido na carreira, de acordo com especialistas, é preciso saber utilizar bem o QE.

Segundo o diretor executivo da Gauss Consulting (consultoria de São Caetano), Orlando Pavani Junior, não adianta ter pós-graduação, MBA e diversos cursos de especialização se não houver preparo emocional.

"Atualmente, falamos em flexibilidade, liderança, comprometimento, criatividade, entre outras atribuições, e é necessário medir essas características para saber em quais níveis se encontram os colaboradores de uma empresa", revela Pavani.

De acordo com ele, isso explica o porquê de muitos profissionais de alto nível intelectual, que possuem todas as qualificações e requisitos para atuar em determinada função, às vezes, não conseguem bom desempenho. "Não basta ser inteligente, é preciso saber trabalhar em grupo e possuir comportamento adequado. E isso é cada vez mais exigido no mercado de trabalho". comenta.

Segundo o coordenador de testes online do Grupo Catho, Tiago Tomita, de uns cinco anos para cá, aumentou a incidência desses testes tanto para a admissão de novos funcionários quanto para o remanejamento de posições dentro de um ambiente corporativo.

"Analisar a forma como o indivíduo aplica suas emoções em determinada atividade é cada vez mais importante. Por exemplo, um vendedor tem que saber lidar com objeções e frustações, que serão comuns em seu dia-a- dia", comenta.

Tomita explica que por meio desses testes, que medem o QE, é possível saber qual o perfil do profissional; se ele é flexível, autoritário ou passivo, por exemplo. "As avaliações de inteligência emocional estão mais em evidência atualmente porque o mercado de trabalho necessita de líderes", conclui.

Para a diretora da D.A. Consulting, Barbara Demange, o mapeamento do quociente emocional deveria ser indispensável no recrutamento ou na promoção de colaboradores.

"Os conceitos ligados aos sentimentos e emoções determinam como o profissional lidará com situações de pressão e de estresse, comuns no mundo do trabalho.

Mapa estuda 20 itens comportamentais e traça perfil individual


A Gauss Consulting, de São Caetano, empresa especializada em consultoria e gestão, desenvolveu o EQ Map (veja quadro ao lado), que serve para identificar características de funcionários que sejam mais adequadas para a realização de determinadas tarefas e até descobrir o perfil do futuro contratado.

O teste, de autoria do americano Robert Cooper, aplicado e adaptado ao perfil brasileiro pela empresa, é uma ferramenta que também ajuda a medir os níveis de produtividade em que se encontram os colaboradores.

Composto por 258 questões objetivas de múltipla escolha, o teste gera um mapa emocional que faz uma análise do comportamento profissional e pessoal de quem o responde nos últimos dois meses.

"O teste avalia 20 características do indivíduo e de acordo com o mapeamento gera o quoeficiente emocional dessa pessoa. O resultado aponta, por exemplo, as capacidades de trabalhar sobre pressão, de inovação e de relacionamento", explica Pavani.




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