A derrota para o Barueri (1 a 0) nessa quarta-feira é página virada no São Caetano. No entanto, o técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão, ainda tenta entender o que se passa na cabeça dos árbitros do Paulistão.

 Para o treinador, a interpretação das regras não é homogênea. A queixa se deve à não-expulsão do goleiro Renê, do Barueri, que desviou a bola com as mãos, fora da área, ao interceptar um ataque do Azulão. O atacante Cascata estava no lance e em condições de concluir a jogada, que poderia levar o time ao empate.

 "O Corinthians já foi beneficiado duas vezes. Contra o Barueri, o árbitro deu um pênalti que a meu ver não existiu (em William) e, agora, contra o Botafogo. Não entendo. O que é para um não é para o outro", desabafou.

 O treinador deu a entender que não fala apenas em causa própria. "Contra a gente, na estreia contra o Marília, o árbitro (Philippe Lombard) deu um pênalti no Tuta que achei que não foi e ele (Lombard) foi punido. Mas quando é contra os times grandes não dá em nada."

 Mas as lamentações do Azulão não se resumem à arbitragem. O time acha justas as críticas de parte dos torcedores e cobra mais apoio ao time, sobretudo nos momentos críticos dos jogos.

 "A torcida tem o direito de cobrar, mas não tem faltado empenho. Vencemos os dois primeiros jogos. Às vezes, com dez minutos de partida, a turma do amendoim, que fica nas numeradas cobertas, começa a reclamar. A organizada está sempre com a gente, mas parece que esses só vêm ao estádio desabafar problemas pessoais", afirmou o atacante Vandinho.

 Para o jogador, o incentivo, independentemente de a torcida ser grande ou pequena, ajuda uma equipe. "É importante, sobretudo nos momentos mais difíceis do jogo", afirmou.