Moradores do bairro Conceição e Vila Socialista, em Diadema, pedem a manutenção de equipes do Programa de Saúde da Família na UBS (Unidade Básica de Saúde) Conceição. Eles afirmam que a Prefeitura pretende diminuir de cinco para quatro o número de médicos da unidade de Saúde, que atende a cerca de 22,5 mil pessoas. Grupo de 30 pessoas realizou protestos em frente à Secretaria de Saúde e ao Paço na manhã de ontem.

A dona de casa Solange de Almeida Silva, 74, tem receio de que seja perdida a qualidade do atendimento. "Com menos um médico, a demanda tende a ser atendida mais devagar e a gente terá que esperar mais", destaca. Já a faxineira Simirani Silva Rocha, 45 anos, acredita que prejuízo será no atendimento humanizado a que a população já está acostumada. "A gente nunca foi tão bem tratado e agora querem tirar da gente as pessoas que já nos conhecem e acompanham nossos casos", observa.

Para a diretora do Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema, a enfermeira Cristiane Alves Tiburcio, a ação representa o desmantelamento de serviço da Saúde municipal. "Não há como justificar que a UBS Conceição tem equipe numerosa, tendo em vista que cada uma atende até 1.500 famílias. O preconizado pelo Ministério da Saúde é que cada grupo de funcionários seja responsável por até 1.000 famílias", observa.

Os moradores estiveram na Secretaria Municipal de Saúde e, após desentendimento com o secretário, José Augusto da Silva Ramos, migraram para o Paço com carro de som. Uma das médicas concursadas que integram Programa de Saúde da Família da UBS Conceição, Denize Arnelles Pereira explica que após reunião com os secretários de Comunicação e Governo, Cacá Vianna e Adler Kiko Teixeira, respectivamente, ficou definido prazo até o dia 6 de março para que a Prefeitura dê retorno para o grupo. "Tudo o que queremos é que nosso trabalho de dois anos continue a ser feito", aponta.

Procurada pela equipe do Diário, a Prefeitura de Diadema não confirmou se pretende reduzir o quadro de funcionários que atende a UBS Conceição.