A Asascs (Associação dos Amigos de São Caetano) ergueu a bandeira do movimento Voto Consciente – entidade sem fins lucrativos que nasceu na Capital em 1987 – e se propôs a fazer “análise de proposituras” dos vereadores são-caetanenses em 2013. Finalizado em dezembro, o estudo, entretanto, ficou distante de peça de avaliação qualitativa e se resumiu em compilação dos dados técnicos do primeiro ano da legislatura 2013-2016 disponíveis no portal da Câmara na internet.

Baseada na quantidade de requerimentos, indicações e projetos de lei, a entidade produziu quatro rankings de produtividade dos 21 vereadores que atuaram no ano. Foram levados em conta a produção geral, indicações, projetos de lei e requerimentos. Em nenhum momento a pertinência, relevância e qualidade das ações dos parlamentares foram analisadas. Na conclusão do estudo, o autor destaca o fato de a compilação dos dados ser inédita.

A matriz do movimento Voto Consciente acompanha os trabalhos da Câmara de São Paulo e da Assembleia Legislativa. Geralmente, o grupo produz relatórios e artigos sobre qualidade. Os últimos estudos feitos destacaram o desempenho de comissões temáticas do Legislativo paulistano.

Não há ligação do movimento da Capital com o de São Caetano. Para usar a bandeira do Voto Consciente basta organizar a sociedade civil, comunicar a matriz e tocar o acompanhamento Legislativo. Integrantes de São Paulo, às vezes, contribuem com conselhos e sugestões de atuação.

Presidente da Asascs, Elísio Peixoto foi quem produziu a análise. Ele disputou posto de vereador pelo PP em 2012 e obteve 115 votos, sendo o 13º suplente do parlamentar Chico Bento (PP). Em 2010, pelo PCdoB, foi candidato a deputado estadual e angariou 2.254 sufrágios.

Na página do Voto Consciente de São Caetano, no Facebook, Peixoto informou que a entidade produz análise qualitativa do desempenho em 2013. A justificativa é a de que foi necessário quantificar os atos primeiro. A Asascs vai distribuir questionários aos vereadores para aprofundar sobre temas propostos. Peixoto não foi localizado pelo Diário para comentar o assunto.