"Sim", responde simplesmente Mustafá Said Qader, comandante dos milicianos curdos (os peshmergas) da UPC, quando questionado se está impaciente pela ofensiva americana. Como foi torturado e mantido preso durante quinze meses pelo regime do presidente Saddam Hussein no começo dos anos 90, tem razões pessoais para desejar a prisão, o julgamento e execução do "ditador", a quem preferia, no entanto, matar com as próprias mãos.
Apesar disso, como todas as autoridades políticas e militares da UPC em Suleimaniya, no Curdistão iraquiano que escapa ao controle de Bagdá, o comandante Qader disse não conhecer os planos dos Estados Unidos, apesar de não ter dúvidas de que o ataque vai acontecer.
Massud Barzani, chefe do Partido Democrático do Curdistão (PDC), organização rival da UPC, que divide o controle do Curdistão, disse ontem à imprensa libanesa que suas forças não teriam "qualquer papel" na guerra.
O chefe da UPC, Khalal Talabani, mostrou-se menos categórico três dias antes em Teerã, quando declarou que, como os americanos, os curdos também tinham seus próprios planos.
Ao ser indagado sobre a presença discreta de agentes da Agência Central Americana (CIA) no Curdistão, Adnan Al-Mufty, uma das autoridades da UPC, que prevê o começo das hostilidades para final de fevereiro, disse manter boas relações com americanos, mas que ignora se fazem parte da CIA.
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