As negociações foram comandadas pelo subsecretário de Unidades Prisionais, coronel Francisco Spargoli. Segundo ele, os amotinados estavam armados com duas pistolas e mantiveram os reféns presos em uma cela, mas em nenhum momento os mal trataram.
O motim começou após uma tentativa de fuga frustada pela Polícia Militar. Durante as conversas, os detentos reivindicaram garantias de que não sofrerão represálias, melhorias no atendimento médico e na alimentação servida. A casa de custódia tem capacidade para abrigar 500 detentos, mas hoje possui 560.
Um integrante do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Rio chegou a dizer à imprensa que presos de Bangu 3 estariam mantendo contato com os internos da casa de custódia e interferindo nas conversas. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, por sua vez, negou a informação.
De acordo com o agente, os detidos em Bangu 3 teriam ordenado que os rebelados não se entregassem e requerido o fim das medidas severas impostas na unidade após o motim de 2 de dezembro. Na ocasião, o Rio de Janeiro viveu a mais longa rebelião da história, com duração de quase 75 horas. O agente penitenciário Luís Cláudio Bonfim, 33 anos, foi baleado e morreu.
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