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Militares de Guiné Bissau dizem que não ficarão no poder
Da AFP
16/09/2003 | 09:00
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Os militares de Guiné Bissau, que no último domingo depuseram o regime do presidente Kumba Yala, “não têm intenção de permanecer no poder". A declaração foi feita na noite de segunda-feira pelo chefe dos militares, general Veríssimo Seabra Correia.

"Garanto-lhes que não temos nenhuma intenção de ficar no poder", disse o chefe do Estado Maior das Forças Armadas, que à frente de um comitê militar de restauração da ordem constitucional e democrática se autoproclamou presidente interino do país.

"Nossa situação é especial. Éramos um país sem Constituição, sem Parlamento, sem Justiça, um país de loucos", declarou. "Nós simplesmente nos limitamos a solucionar essa situação".

Os militares se reuniram na segunda-feira com os representantes dos partidos políticos, da sociedade civil, do poder judiciário e com as autoridades religiosas para analisar a instauração de um conselho nacional e de um governo de transição, enquanto são organizadas eleições gerais (legislativas e presidenciais).

Foi criada uma comissão de 16 membros, dirigida pelo arcebispo de Bissau, Dom Camnate Na Bsim, com a missão de estudar as modalidades práticas da criação e as prerrogativas do conselho de transição. Esta comissão tem 48 horas para entregar um relatório.

O general descartou que Kumba Yala, presidente civil democraticamente eleito em janeiro de 2000, volte ao poder. Sua queda alegrou os habitantes de Guiné Bissau devido à catastrófica situação social, econômica, política e institucional da nação.




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