Palavra do Leitor Titulo
O assalto dos cartões de crédito

Quando se torna público que as operadoras de cartões de crédito...

Por Dgabc
23/04/2012 | 00:00
Compartilhar notícia


Artigo

Quando se torna público que as operadoras de cartões de crédito adotam taxas médias mensais no crédito rotativo de 10,69%, o equivalente a 238,3% no ano - maior taxa desde junho de 2000, de acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças - e nada acontece, é preciso levar para a opinião pública nossa indignação e clamar pelo controle das operadoras de cartões de crédito. Na condição de presidente de uma das principais centrais sindicais do Brasil, a União Geral dos Trabalhadores, chamo a atenção da opinião pública e do CMN (Conselho Monetário Nacional) para a questão.

O CMN é o órgão deliberativo máximo do nosso sistema financeiro. Compete a ele estabelecer as diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia. Mas as coisas andam muito devagar nesse campo. Por isso, trabalhadores e consumidores percebem mais no dia a dia a atuação arbitrária das operadoras. A verdade é que os brasileiros tornaram-se reféns dos ‘novos gestores da moeda nacional', pois, segundo dados do Relatório do Banco Central, a movimentação foi de R$ 486 bilhões, sendo R$ 328 bilhões com cartões de crédito e R$ 158 bilhões com cartão de débito.

Somos, enquanto consumidores e trabalhadores, submetidos à ação nefasta das operadoras que, ao definirem as próprias taxas de juros, aumentam a transferência de renda nas situações de crédito rotativo ou quando se configura inadimplência. Além de estabelecerem as próprias regras, as operadoras de cartões de crédito podem abater os créditos não recuperados, que chamam de ‘créditos podres', no Imposto de Renda e aumentar, assim, a lucratividade.

Ou seja, as financeiras, os bancos e as operadoras de cartão de crédito abatem no IR as dívidas que atingirem R$ 5.000, vencidas há mais de seis meses; ou dívidas acima de R$ 5.000 até R$ 30 mil, por operação, vencidas há mais de um ano, ou ainda as dívidas que superem R$ 30 mil e tenham mais de um ano, desde que se mantenham os processos de cobrança administrativa. Portanto, é de interesse das operadoras de cartão de crédito engordar a dívida com juros sobre juros, que são constitucionalmente ilegais. Isso porque em caso de inadimplência, abatem o montante no IR. É hora de a opinião pública ser mobilizada para pressionar o CMN para que evite o funcionamento nefasto das operadoras de cartões de crédito e dos bancos que adotam o mesmo procedimento.

Ricardo Patah é presidente nacional da UGT e do Sindicato dos Comerciários de SP, e coordenador da área social do PSD.

PALAVRA DO LEITOR

Rua Municipal

A Prefeitura de São Bernardo deveria, após a conclusão da obra de revitalização da Rua Municipal, no Centro, cobrar do Departamento de Trânsito fiscalização ininterrupta a fim de que façam sentido os gastos efetuados. Ficou proibido estacionar veículos de qualquer natureza do lado direito dessa via, das 8h às 20h, em todos os dias da semana, mas o que se vê são maus cidadãos que ignoram todo o trabalho e dinheiro gastos em sinalização, e sem a menor cerimônia param seus carros ao longo da rua no lado não permitido. Depois das 17h, então, o desrespeito à sinalização é total e acintoso! Entendo que se houvesse educação não seria necessária a fiscalização, mas, neste caso, não vemos nada, nenhum controle ou fiscais, nem mesmo os amarelinhos, fazendo um trabalho de continuidade.

Maria Angela C. Niedt, São Bernardo

Semasa paga!

Moro há algum tempo na mesma casa e recentemente em dias de chuva começou a retornar água de esgoto no meu banheiro. Chamei o Semasa, pois o problema seria causado por entupimento do esgoto na rua. Atendimento muito rápido, mas nas duas primeiras vezes informaram que haviam verificado e que o sistema estava perfeito, sem entupimento. Sem saber mais o que pensar chamei um pedreiro para resolver. Começou o quebra-quebra na minha casa para tentar descobrir o inexistente. Quebramos, gastamos e nos desgastamos e não encontramos nada! No dia 12, outra chuva muito forte e aconteceu tudo de novo. Desta vez nos informaram que já tinham executado a desobstrução da rede e que estava tudo bem. Como eu fico nessa história? Quebrei minha casa, desentupi o que não estava entupido, paguei o pedreiro que fez o serviço que não precisava ser feito e tenho alguns remendos em casa. Como posso ser ressarcido dos R$ 750 gastos sem necessidade?

Daniel dos Santos Neto

Santo André

CPI do Semasa

Repudio de forma veemente as alegações imputadas a mim pelo vereador Marcelo Chehade na reportagem ‘Aidan exige fim da CPI do Semasa' (Política, dia 17), pois são inverídicas. Em momento algum, oficial ou extraoficialmente, falei com o vereador sobre existência de irregularidades no processo de licenciamento ambiental, tampouco sobre haver processos parados na superintendência da autarquia, pois isso não é verdade. Reafirmo meu depoimento à Polícia Civil de que jamais tomei conhecimento da existência de qualquer esquema de propina ou de extorsão no Semasa. Lamento profundamente a postura do vereador Marcelo Chehade, que utiliza artifícios falsos, imputando à minha pessoa afirmações que jamais fiz. Não servirei de palanque para políticos que buscam colher frutos eleitorais mentindo e desvirtuando o trabalho de profissionais sérios. Constitui advogado para proceder aos encaminhamentos legais sobre essa situação. Repudio também a posição do veículo de comunicação, que em momento algum me procurou para checar a veracidade das informações passadas pelo vereador. Continuarei trabalhando sério em prol da qualidade na prestação de serviços à cidade, contribuindo sempre para que a investigação seja clara, precisa e comprove, com o passar dos dias, a lisura do trabalho de toda a autarquia.

Márcio Moreno, diretor de Gestão Ambiental do Semasa

Nota da Redação - O Diário entrou em contato com as assessorias de comunicação da Prefeitura e do Semasa, que não retornaram as ligações. A reportagem deixa claro que as informações foram passadas pelo vereador Marcelo Chehade (PSDB).

Comunicação

Observo falta de interesse dos responsáveis do controle do dinheiro público, tanto municipal como estadual, pois nada fazem para conter a maldita sangria do erário por corruptos estelionatários do povo. Parece que quanto mais nossos governos arrecadam em impostos, mais aparecem canalhas que querem a todo custo enriquecer às custas do povo. É necessário que os ministérios, órgãos responsáveis nos municípios e nos Estados planejem e controlem os gastos e, assim, efetivamente funcionem com precisão e lisura. São os meios de comunicação que estão fazendo um belo trabalho em nos mostrar a podridão que estamos metidos em matéria de gastos públicos. Talvez falte vergonha na cara! Parabenizo a todos que têm coragem de mostrar quem são nossos políticos, e que registram diariamente essas falcatruas e desacertos com nossas verbas. Vocês sim estão fazendo serviço de utilidade pública à nossa Nação.

Ivanir de Lima, São Bernardo 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;