O rendimento médio real do trabalhador na Região Metropolitana de São Paulo subiu 1,2% de abril de 2007 para o mesmo mês deste ano e fechou em R$ 1.330,50. No entanto, no setor privado, o pagamento para o empregado formal caiu 4,4% nesse período. Mas isso não representa algo ruim.

Segundo Cimar Azeredo, gerente da PME (Pesquisa Mensal de Emprego) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a queda no rendimento do trabalhador de empresa privada com carteira assinada ocorre por causa do crescimento no número de contratações nesse setor, de 12,8% - aproximadamente 114 mil na Região Metropolitana de São Paulo.

"Com o crescimento do emprego com carteira assinada, houve contratação com salários menores, principalmente, por causa do primeiro emprego, o que puxou a média para baixo", explica o gerente.

Na comparação anual ainda se verifica que os setores que mais geraram vagas foram indústria, com elevação de 8%, construção, com 11,5%, serviços como educação e saúde, com 8,6%, e ainda serviços como transporte e limpeza, com 6,3%.

"O dado é muito significativo. O Grande ABC certamente contribui e muito para esse aumento do emprego", afirma Francisco Funcia, coordenador do curso de Economia da Imes (Universidade Municipal de São Caetano). "Desde o segundo semestre de 2004 verificamos o crescimento na geração de emprego na região. Na pesquisa o IBGE reforça essa recuperação do trabalho industrial nas sete cidades", completa.

EMPREGO
A taxa de desocupação na Região Metropolitana de São Paulo foi de 9,4% em abril, estável em comparação ao mês anterior e menor em 2,2 pontos percentuais me relação ao mesmo período de 2007.

A população com idade ativa na região - 10 anos ou mais - cresceu 2% em um ano e chegou a 333 mil pessoas. Já os considerados economicamente ativos também tiveram alta de 2,5% e os ocupados aumentaram em 5% no período.