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7 ateliês de arte em Paraty que valem a visita
19/10/2020 | 17:18
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Quem já foi a um dos ateliês de arte em Paraty (RJ) sabe o quanto a cultura é valorizada na região. No Centro Histórico da cidade há inúmeras casas do gênero, onde é possível adquirir peças maravilhosas e conversar com os artistas locais, cujo trabalho merece ser valorizado.

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Confira um roteiro com sete ateliês de arte em Paraty que podem deixar a visita à cidade histórica ainda mais especial.

Ateliês de arte em Paraty

Patricia Sada

Na Rua da Praia, em frente ao cais, o ateliê de Patricia Sada é aberto à visitação, sem agendamento prévio. . De origem mexicana, Patricia vive em Paraty desde os anos 1980, onde desenvolve um trabalho com tinta acrílica e colagens sobre telas, papéis, troncos e gravetos de árvores nativas.

É o caso da embaúba, árvore usada pelos índios e caiçaras para fazer canoas e flechas, por exemplo, que ganha pinturas de motivos geométricos. Com gravetos de guapuruvu, árvore que tem potencial medicinal e auxilia na regeneração de áreas desmatadas, a arista cria esculturas e murais impressionantes.

Dalcir Ramiro

Mestre ceramista premiado internacionalmente, Dalcir Ramiro nasceu em Paraty e aprendeu a técnica indígena de produção em argila com senhoras paneleiras do município vizinho de Cunha. Começou a carreira fabricando peças utilitárias, e hoje desenvolve esculturas de médio e grande porte, além de imensos móbiles.

Sua principal influência de composição é o cubismo. Visitar o ateliê de Dalcir é entrar em um universo mágico, que vai de grandes peças a pequenos e preciosos objetos.

Amarante

Quem entra no ateliê do artista plástico Eduardo Amarante pode se sentir perdido, imaginando que as obras são de muitos artistas. Porém, elas representam fases distintas da vida do pintor. Há telas óticas, que confundem o olhar, aquarelas e figuras femininas, fortes, da fase figurativa.

O artista de Barra Mansa (RJ) montou seu ateliê em Paraty nos anos 1990, depois de viver duas décadas em Paris e no sul da França. Passou a explorar os abstratos como uma maneira de se desligar da arte narrativa para uma técnica mais livre.

Com exposições recentes na Alemanha e na França, Eduardo tem como destaque os abstratos vermelhos e azuis, em telas de grandes dimensões.

Patrícia Gibrail

“Minhas telas nascem das cores”, costuma dizer a artista plástica Patrícia Gibrail. Paulistana com raízes paratientes, ela se formou em desenho industrial e começou a carreira criando padrões e tecidos para vestuário e decoração – o que, de certa forma, influenciou seu trabalho como artista plástica.

Quando se mudou para Paraty, em 2000, passou a experimentar várias técnicas e materiais, tendo como suporte a tela. Hoje, dedica-se à pintura acrílica, em que se sobressaem as formas circulares, presentes na maioria das telas, criando sobreposições diferentes em cada obra. ­­

Aecio Sarti

Entre os ateliês de arte de Paraty, destaca-se o de Aecio Sarti, que se vale de lonas de caminhão para criar caricaturas e imagens que ganharam o mundo. Aecio nasceu em Aracaju (SE) e é pintor desde os 14 anos, quando já vendia seus trabalhos em praças da cidade.

Nos anos 1970, morou e estudou nos Estados Unidos, onde sua obra ganhou maturidade. Desde 2004 em Paraty, o artista mantém um ateliê-galeria, no Centro Histórico. Seu forte são as figuras humanas, variando entre traços minimalistas e ornamentados, por vezes mesclados a elementos da moda, literatura e outras manifestações.

Studio Bananal

A parceria de Fernando Fernandes e Sergio Atilano, dois artistas paulistas residentes em Paraty, pode ser conferida no ateliê da dupla. O Studio Bananal faz referência à estrada do Bananal (Paraty-Cunha), onde eles moraram em uma casinha cercada de verde, em meio a muitas bananeiras.

Os estilos são distintos: Fernando, com traços geométricos, e Sergio, com o pontilhismo, desenvolvem uma série de trabalhos com sobras de madeira, cacos de cerâmica, folhas e raízes. Além de telas, há belas esculturas e móbiles no ateliê.

Julio Paraty

Julio César de Jesus Freire, conhecido como Julio Paraty, é o principal representante da arte naif na cidade. Sua obra documenta o cotidiano das caiçaras em uma festa de cores que destacam bandeirolas dos festejos de Paraty, fitas nos cabelos das moças e cenas do cotidiano caiçara.

O artista já expôs em galerias em Paris, na França, e Madri, na Espanha. Algumas de suas pinturas podem ser vistas nas paredes da Pousada do Sandi, que organiza roteiros de arte na cidade.

“Além dos ateliês dos artisas, temos sobrados inteiros com essa temática, como a Casa da Cultura de Paraty e o SESC Paraty, com mostras e exposições voltadas para a cultura paratiense, que encantam turistas do mundo inteiro”, diz Gabriel Toledo, consultor de experiências da pousada.

O tour de duas a três horas leva a uma pequena viagem ao universo da arte em Paraty, com a possibilidade de ser recebido pelo próprio artista para uma conversa e imersão em seu trabalho.




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