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Lojistas refinanciam dívidas para estimular vendas
12/05/2010 | 07:00
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Os lojistas preparam campanha de refinanciamento para ser iniciada em outubro e estimular as vendas de Natal. "Vamos lançar campanha de recuperação maciça de crédito. Será uma prévia para aquecer vendas de Natal", disse o presidente da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), Roque Pellizzaro Junior. Segundo ele, a estratégia surgiu de decisão local, mas a proposta é expandir para todo o País.

O comércio pretende reparcelar as dívidas em atraso com condições especiais. Pellizzaro Junior não adiantou, porém, quais seriam essas condições. "É momento apropriado para limpar o nome no SPC (Serviço de Proteção ao Crédito). Será como um refis dos trabalhadores."

Ontem, a entidade informou que a inadimplência dos consumidores brasileiros caiu em todas as comparações realizadas pela CNDL e o SPC Brasil em abril. No mês passado, a queda foi de 7,87% na comparação com março e de 3,93% na comparação com idêntico mês de 2009.

"O brasileiro é bom pagador. Não paga quando não tem renda", afirmou Pellizzaro. Ele comemorou o aumento de 4,92% de cancelamentos de registros no SPC Brasil, em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Este cancelamento mostra o percentual de pessoas que pagaram suas contas em atraso. "São duas linhas andando em sentido contrário e quanto mais se aproximam é melhor o cenário: há pouca gente entrando e muita gente saindo do SPC", disse.

RENDA COMPROMETIDA - Pellizzaro Junior não vê problemas no fato de 18% da renda dos consumidores estarem comprometidos com crédito, segundo informações do Banco Central. "Até 20% de comprometimento em um cenário regular é comportamento altamente admissivel", disse. "Não é suficiente para acender qualquer luz amarela."

Outro número destacado pelo presidente da CNDL é o de que a maior parte dos parcelamentos em atraso está em patamares baixos. Pelo levantamento realizado em abril, 28,32% do total da dívida não honrada é inferior a R$ 50 mensais, enquanto 21,43% encontram-se na faixa entre R$ 50,01 e R$ 100 e 24,7% entre R$ 100,01 e R$ 250. "Mais da metade da inadimplência é de prestações baixas. Presumimos que o consumidor fez compras de longo prazo", considerou, alegando que o fato de haver concentração alta dos atrasos em até R$ 50 reflete que as parcelas são superiores a seis meses.




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