A Cadeia Feminina de São Bernardo, interditada parcialmente pela Justiça, começará a ser desocupada com a saída das 45 detentas que já foram condenadas e continuam presas na unidade. A Secretaria de Estado da Segurança Pública foi notificada ontem da interdição e informou que cumprirá a decisão.

A cadeia fica anexa ao 7º Distrito Policial de São Bernardo, no bairro Taboão. Com capacidade para 32 detentas, a unidade tinha até ontem 193 mulheres em quatro celas de 16 metros quadrados.

A interdição parcial da Cadeia Feminina de São Bernardo limita a detenção a 100 mulheres. A medida foi solicitada pelo juiz-corregedor de São Bernardo, Wagner Gidaro, e deferida pelo TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo na última segunda-feira. A limitação em 100 detentas e o prazo de 60 dias foram estipulados pelo TJ.

O diretor da cadeia, Frederico Prouse, afirmou que ontem mesmo encaminharia uma relação das detentas condenadas na instituição para que a secretaria providenciasse a remoção. A data para a retirada das presas não foi informada por questões de segurança. "Temos 60 dias de prazo e há vontade da secretaria em resolver isso o mais rápido possível", disse Prouse.

O diretor afirmou que a notícia foi bem recebida pelas detentas. "A decisão é um alento para aquelas que ficam na cadeia."

A situação de superlotação da cadeia é repetida nos quatro CDPs (Centros de Detenção Provisória) da região, que juntos têm capacidade para 2.432 homens e têm 5.882 detidos.