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Cidades da região ficam
debaixo d'água, de novo
Do Diário do Grande ABC
19/01/2011 | 07:04
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Foram cerca de 40 minutos de chuvas torrenciais, o suficiente para transformar o Grande ABC em verdadeiro caos. A tempestade já estava prevista pelos meteorologistas. Mas as pessoas tiveram que enfrentar os transtornos de todos os verões: trânsito caótico, imóveis alagados, falta de transporte coletivo, falha no sistema de telefonia e fornecimento de energia elétrica. Para quem estava nas ruas e enfrentou a chuva de ontem, o fim da tarde e boa parte da noite foram um inferno.

Alagamentos foram registrados principalmente em Santo André, São Bernardo, São Caetano e Mauá, onde deslizamentos de terra fizeram a sexta vítima fatal. As cidades literalmente pararam. Até por volta de 23h, os moradores tentavam chegar em suas casas. Muitos seguiram a pé depois de desistirem do transporte público.

Segundo a Defesa Civil de Santo André, a tempestade de ontem despejou o maior volume pluviométrico do ano. Foram 62 milímetros em poucos minutos de chuvas.

As tempestades afetaram o abastecimento de energia elétrica em pontos espalhados por todo o Grande ABC, das regiões centrais de Santo André e Diadema até localidades mais periféricas, como o Jardim Zaíra, em Mauá. Na mesma cidade, mais uma pessoa foi morta, vítima de afogamento.

O Jardim Zaíra foi palco das quatro primeiras mortes neste ano - a outra foi no Jardim Rosina. Recentemente, o prefeito Oswaldo Dias (PT) anunciou que famílias que tiverem de deixar suas casas vão receber auxílio-aluguel de R$ 300.

Duas das principais vias que ligam a região à Capital, a Via Anchieta e a Avenida dos Estados, ficaram alagadas. O Rio Tamanduateí voltou a transbordar e transformou seu entorno num imenso braço, impossível de distinguir onde terminava o curso d'água e começava a avenida. Ilhados, motoristas ficaram presos em seus veículos e tiveram de ser resgatados, dois por helicóptero.

Debaixo d'água, os dois principais sistemas de transporte da região, os trens da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e os ônibus do Corredor ABD da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) não funcionaram, deixando milhares de usuários sem alternativa. O trem só voltou a operar às 22h40.

As chuvas também derrubaram parte do sistema de telefonia e aparelhos celulares ficaram mudos. Parte do teto do Shopping Metrópole, em São Bernardo, cedeu e pontos do prédio foram isolados. Ninguém se feriu.




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