Após surpreender no ano passado e ser eleito prefeito de São Paulo ainda no primeiro turno, João Doria (PSDB) começa a ganhar corpo para disputar a eleição em 2018. Pelo levantamento feito pelo instituto Paraná Pesquisas em cinco das sete cidades do Grande ABC, o nome do tucano é amplo favorito para o pleito ao governo do Estado e rivaliza de igual para igual com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida presidencial. O atual presidente da República, Michel Temer (PMDB), está entre os últimos colocados em todos os municípios.

A figura do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) já encontra adeptos na região na disputa pela Presidência da República. A ex-presidenciável Marina Silva (Rede) também aparece entre as primeiras colocadas. Por outro lado, o atual governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), aparece na liderança somente em São Caetano – ele fica atrás em Santo André, São Bernardo, Diadema e Mauá.

A rivalidade na corrida presidencial fica entre Doria e Lula. O tucano abocanhou a preferência eleitoral em Santo André (26,1% contra 21,5% de Lula), em São Caetano (38,5% a 9,8%) e Mauá (26,4% a 24%). O petista fica na liderança em São Bernardo (30% contra 24,1% de Doria) e Diadema (26,1% a 23,9%).

Quando Lula é retirado da listagem de candidatos na pesquisa estimulada – substituído pelo ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) ou pelo ex-governador cearense Ciro Gomes (PDT) –, Doria dispara e passa para o topo do levantamento em todas as cidades. Em São Caetano, por exemplo, um cenário sem a presença de Lula eleva a 38,5% o contingente de votantes no tucano.

Doria tem se esquivado da concorrência federal, dizendo que seu candidato ao Palácio do Planalto é Alckmin – justamente quem o patrocinou politicamente para a prefeitura paulista. Entretanto, no tucanato já é dado como certo que o empresário será o nome da legenda na corrida presidencial.

ESTADO
Para o governo do Estado, Doria lidera todos os levantamentos em que seu nome aparece. Ele supera, com folgas, os adversários Paulo Skaf (PMDB), Fernando Haddad, Gilberto Kassab (PSD), Carlos Giannazi (Psol) e Márcio França (PSB).